Criada em defesa da presença feminina nas letras e nas artes, a Academia Nacional de Letras e Artes celebrou meio século de história reconhecendo personalidades que contribuem para a cultura brasileira.
Nesta segunda-feira (13/10), uma tarde especial marcou o cinquentenário da ANLA – Academia Nacional de Letras e Artes, em uma sessão solene realizada em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. O evento reuniu acadêmicos, artistas, escritores e convidados para celebrar cinco décadas de história, tradição e resistência cultural.
A presidente da ANLA, Lúcia Regina, lembrou em seu discurso o motivo que deu origem à instituição: “A academia nasceu porque a ABL não aceitava mulheres. Queríamos um espaço onde as mulheres pudessem expressar sua arte, sua voz e seu pensamento. Mais tarde, quando a Academia Brasileira de Letras passou a incluir mulheres, nós também abrimos nossas portas para os homens”, contou, emocionada.
Entre os destaques, a presidente da ABBA – Academia Brasileira de Belas Artes, Vera Gonzalez, foi duplamente homenageada, em reconhecimento à sua trajetória artística e ao trabalho dedicado à valorização da arte brasileira.
Outra homenageada foi Márcia Melquior, regente da Orquestra Forte Copacabana, que aproveitou a ocasião para agradecer mais uma vez o título de Patrimônio Cultural Imaterial concedido à orquestra. “Esse reconhecimento é uma vitória para todos nós que acreditamos no poder transformador da música”, afirmou.
A celebração dos 50 anos da ANLA reforçou o papel da academia como espaço de inclusão, diversidade e promoção cultural — um símbolo da força das mulheres que abriram caminhos nas letras e nas artes e que hoje continuam inspirando novas gerações.





