O objetivo é aumentar a chance de encontrar a onça parda e de seguir monitorando outras espécies que vivem no local
O Projeto Onças Urbanas, que tem o apoio do BioParque do Rio e é coordenado pelo biólogo Izar Aximoff, vinculado a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se prepara para mais uma etapa. A partir de domingo, 17 de dezembro, serão montadas cinco novas armadilhas fotográficas dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, na cidade do Rio.
A colocação dos equipamentos neste parque não é por acaso. Eles irão ajudar na busca e monitoramento de onças pardas e outras espécies ameaçadas de extinção, além da contagem de indivíduos e análise de comportamento. As armadilhas são programadas para funcionar por 24 horas e podem ajudar a acompanhar se os animais estão interagindo com os moradores do entorno da unidade de conservação.
Ao todo, já foram registradas 27 espécies nativas de mamíferos de médio e grande porte nas Unidades de Conservação com atuação do projeto (Parque Estadual da Pedra Branca – Rio de Janeiro, Parque Estadual da Serra da Tiririca – Niterói e Refúgio de Vida Silvestre de Maricá – Maricá).
A maior parte dos registros obtidos foram por meio das armadilhas fotográficas (mais de 60%), incluindo alguns primatas, bicho-preguiça e outros animais que foram fotografados. Algumas espécies ameaçadas de extinção também foram registradas, como a onça-parda, gato-do-mato, gato-maracajá, lobo-guará, paca e bugio-ruivo.
Parceria em outras áreas
Além do apoio do mapeamento de espécies o projeto inclui como objetivo os estudos ecológicos e o levantamento de potenciais conflitos entre a sociedade e os animais silvestres, atuando ainda na realização de atividades de educação ambiental com moradores do entorno e colaboradores que atuam no Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói e no Refúgio da Vida Silvestre de Maricá, em Maricá.
“O projeto Onças Urbanas tem o objetivo conscientizar a população de que é possível animais e humanos viverem sem conflito nas grandes cidades. Através do mapeamento, deveremos preparar uma publicação com todas as localidades onde as onças se encontram no estado”, diz Izar Aximoff.
Para Marcos Traad, diretor técnico do Grupo Cataratas, a parceria do BioParque com o Onças Urbanas é uma oportunidade para o equipamento de promover ações de conservação integrada da fauna, além de intercâmbio profissional para pesquisas.
“O BioParque do Rio foi criado com um projeto que privilegia o bem-estar animal, oferece educação e pesquisa de ponta, sempre pautado na tríade educação, pesquisa e conservação. O apoio ao projeto Onças Urbanas toca diretamente esses pilares à medida que gera ciência e conhecimento, promove a conservação e abrange ainda a sensibilização da população para uma convivência mais harmoniosa entre fauna e sociedade”, diz o diretor técnico.