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Após 21 anos musical ‘Cazas de Cazuza’ estreia no teatro Vivo Rio

O musical ‘Cazas de Cazuza’ estreou de forma grandiosa no palco do teatro Vivo Rio, no último sábado (20) com casa lotada, mas seguindo todos os protocolos de saúde. ‘Cazas de Cazuza’ gerou imensa emoção no público do início ao fim, que em cada apresentação aplaudia com excitação.

Cazuza, um dos maiores poetas da história da música brasileira, faleceu há 32 anos, deixando um brilhante legado tanto no MPB quanto na história do Brasil. Até hoje, as suas letras, canções, e suas mensagens estão enraizadas nos corações dos brasileiros transcendendo o tempo e permanecendo vivo ano após ano.

Após 21 anos da primeira estreia, o musical trouxe à tona temas pertinentes para a sociedade como preconceito, sexo, homossexualidade, luto, HIV, drogas, amor e desemprego presentes nas músicas de Cazuza.

Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, Mia, Enrico, Justos, Bete, Deco, Vera, Ernesto e Dornelles, moradores de um prédio no Rio de Janeiro no ano 1999. O palco foi coberto por diferentes cenários representando cada história de forma única, mas complementar.

Em 2000, Cazuza recebeu uma das grandiosas homenagens, o musical tributo “Cazas de Cazuza”, tendo à frente o diretor e escritor Rodrigo Pitta. O espetáculo se transformou num gigante sucesso, sendo visto por 80 mil pessoas.

“As músicas do Cazuza continuam muito garotinhas para o nosso país, ou seja são músicas novas. Cada palavra que ele escreveu serve para todos os momentos que vivemos, são letras que estão na nossa alma, se a gente dormir e acordar, vamos sempre respirar Cazuza. Cazuza sempre respirou o Brasil, sempre respirou a verdade, e respirou o que está por trás do nosso país” afirmou o diretor Rodrigo Pitta.

Indicado ao Grammy Latino quatro vezes, o diretor musical e codiretor Jay Vaquer explicou sobre o retorno do musical após 21 anos.

“Em 2020, tive a ideia de retornar a peça, então comentei com o Thiago Amorim e com o Rodrigo, e eles toparam.
Logo, iniciamos os ensaios porque queríamos estrear em abril do ano passado, mas devido à pandemia não conseguimos. Com toda certeza, estou muito feliz com o retorno do musical, é um sentimento de pura gratidão. Me sinto realizando algo necessário, porque as pessoas irão sair do teatro pensando nas mensagens que transmitimos”, contou o diretor musical e co diretor Jay Vaquer.

O diretor musical e co diretor também explicou sobre os brilhantes e impactantes personagens.

“Cazas de Cazuza, é porque cada apartamento aborda um pouquinho a faceta do universo que o Cazuza abitou. No elenco temos o poeta com problemas no relacionamento, também possuímos a mulher que recebe a oportunidade de virar uma estrela, a Bete Balanço, mas no final percebemos que ela não queria aquela vida e sim respeito. Outro personagem, é o Ernesto, o pai que não aceita a escolha sexual do filho”, explicou

“Também, conseguimos ver todas as questões abordadas que naquela época era uma sentença, e hoje não é mais como o HIV. Cazuza veio a falecer vítima da Aids, e hoje o ator Leandro Bueno que interpreta o Justos, é soro positivo. Isso é brilhante, ter um ator incrível trabalhando sem preconceitos e vivendo a vida”, finalizou.

Lucinha Araújo, mãe do eterno artista Cazuza, também esteve presente no musical e contou sobre o sentimento ao ver a magnífica homenagem.

“Eu senti nessa peça o mesmo que sinto todos os dias da minha vida, que é um presente. O meu filho é um máximo e merece todas as homenagens que fazem para ele. Foi renovador assistir o espetáculo após 21 anos, o elenco é maravilhoso. Com toda certeza, esse musical me trouxe muita vida”, afirmou Lucinha Araújo.

 

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