Janaína Pires das Neves*
Em tempos remotos, quando a Terra estava sofrendo vários terremotos, surgiram mulheres sacerdotisas rezando para a fertilidade do planeta. E dessas mulheres, uma se destacava. Ela era a Guardiã do Templo, a Guardiã do Amor.
Um dia o Amor estava muito triste, triste com tudo, triste com seus amigos, com sua família e tudo mais (mas o Amor nunca morre). Ele foi para cima do monte meditar, o Monte Sinal¹.
Foi quando então ele teve uma visão da Guardiã do Amor que lhe falou:
– Toda vez que o Amor está em perigo, todos se reúnem e rezam para Deus.
As sacerdotisas se reuniram no templo. A guardiã falou:
– Hoje é o dia do portal, vamos agradecer à Mãe Terra. Hey hey, Honey. Honey. Honey².
E após proferir aquelas palavras, uma luz vinda das nuvens entrou no templo.
A Terra parou de tremer.
O Amor ficou emocionado.
E agradeceu a Deus falando:
– Eu só pensava nas pequenezas! Eu só pensava nas pequenezas! Agora eu sou Entrega.
Então o Amor descobriu, que para ser Amor com “A” maiúsculo ele precisava ser Entrega. E agradeceu a Deus esta Entrega.
Entrega tem a ver com Gratidão. Gratidão tem a ver com Entrega. Então quem é o Amor?
São todos estes sentimentos em comunhão.
*Arte terapeuta, arte educadora e facilitadora de Educação em Valores Humanos formada no Instituto Sri Sathya Sai Baba do Brasil. Também formada em Reiki e Reflexologia Podal. Acredito que só existe uma linguagem, a linguagem do coração. E apenas um sentimento que engloba muito outros: o Amor. Que a Arte seja sempre na minha vida este espaço de libertação em que o Amor impere.
¹ Lugar fictício criado a partir do trocadilho que une Monte Sinai e os sinais recebidos de Deus pelas sacerdotisas.
² Mel, na língua inglesa.





