De Vinicius Zepeda
Eu olho um olhar à minha frente,
Chuva ácida que ninguém vê
Fixo olhar atento me aprisiona,
Sob o céu que vaza o raio mau, do Sol.
Logo eu já sei o que é ouvir soar,
as sete badaladas de uma meia-noite,
Num planeta azul visto de longe,
Flutuando fogo, fome e sede.
Não quero a vida como dias seguidos de noite,
Há lágrimas de sangue ao meu redor
Luta, erros, gritos do centro da incerteza,
Amores e tristezas, ah eu não estou só!
Construo minha casa, derrubam
Construo minha vida, derrubam.
E eu procurando o ouro do amor,
No meio dos meus sonhos,
nos campos do sim,
Mina, bomba, míssil tão distante,
Porque explodir aqui dentro de mim?





