Para desenvolvermos a ideia do autoconhecimento, é fundamental sabermos o que é a consciência, porque ela é a porta de entrada para o si mesmo.

Muitas vezes o que chamamos de consciência não passa de uma repetição automática de coisas que viemos ouvindo, desde que somos crianças, a partir dos pais e familiares; coisas que estamos ouvindo e repetindo, achando que são ideias nossas, mas que ouvimos na televisão, nas músicas da moda, nos livros, jornais e revistas… coisas que todos dizem… ou que acreditamos que ninguém diz… Diante disso tudo, o que de fato é criado por nós, em relação ao que pensamos? O que é nossa consciência? O que ela tem de nosso, exclusivamente nosso? Tudo aquilo que dizemos ser o nosso jeito, a nossa maneira, os nossos hábitos… de onde vieram? O fato de estarmos satisfeitos com os comportamentos que escolhemos não invalida a pergunta e aponta para uma importante questão: as escolhas que fazemos e suas consequências formam nossa personalidade, que é transitória, instável; somos vistos pelos outros de acordo com a bagagem de conceitos e pré-conceitos que esses outros foram construindo no decorrer de suas experiências. As escolhas que fazemos, portanto, são, principal e essencialmente aquilo que nos diferem de uns e nos aproximam mais de outros. Mas nós SOMOS AQUILO QUE ESCOLHE, OU AQUELA/AQUELE QUE ESCOLHE; porque as escolhas são comuns a muitos, porque as escolhas se sucedem, umas após as outras, no decorrer da vida e de suas fases. Mas o que permanece é ALGO ou ALGUÉM que realiza essas escolhas. Esse algo é a consciência.