Jornal DR1

Ars Gratia Artis: Em 2023

Que a palavra e a ação sejam uma só coisa.

Que haja entendimento de fé, coração e mente que nem sempre o que é justo nos privilegia.

Que as promessas sejam cumpridas, honrados os perdões concedidos.

Haja respeito pelos mais velhos, pelos mais novos; pelas mulheres, homens, de todos os gostos e crenças, de todas as cores e credos, de todos os partidos e tribos, de todos os tempos pra trás ou pra frente. ‘Aceitação’ é diferente de Tolerância’. Julgar atitudes não é julgar pessoas. Há muitos prazeres condenáveis: o de julgar e condenar o outro, é um deles. O de escarnecer, de manipular, para que sua vontade seja feita, é semente de ódio e destruição.

Acreditar que pessoas nasceram para serem ‘lobos’ e outras para serem ‘ovelhas’ é um artifício conveniente para quem deseja perpetrar, mascarar e sofisticar milênios de injustiça, atribuindo ‘naturezas’ a um, a outro, a si mesmo. O forte, como o fogo numa vela, acende outras velas sem perder o lume. Não arroga a si, somente – como a alguns outros eleitos pela materialidade ou pela espiritualidade  o dom da chama. Todos, a seu tempo e momento, servem e são servidos. O que deseja apenas ser servido, eis o verdadeiro fraco.

Muito do que sabíamos ter aprendido, retorna. A vida repete situações, como numa espiral, como que para testar se a lição foi ou não aprendida. Num mesmo nível, num nível ainda mais difícil, ou mesmo mais simples. Em tais repetições, para além de um destino inevitável, para além de um labirinto sem propósito, transparece sublime Misericórdia, impulsionando todos os círculos da Vida.

Não nos enganemos: há grandiosos e ocultos mundos, dentro de outros mundos; cósmicos, atômicos, pluridimensionais… onde, em movimento, pulsam outros modos de ser, formas jamais imaginadas por nós, sequências de cores e movimentos absolutamente inconcebíveis, a ponto de não conseguirmos classificá-los como harmônicos ou caóticos. Nosso entendimento e ferramentas de percepção nos dão uma amostra singela de um dentre muitos mundos. Tal conclusão óbvia nos traga a autêntica e inevitável humildade.

Já se disse que um Feliz Ano Novo não se deseja, se merece; entretanto, creio que possa ser desejado, sim, a todos os seres humanos,
como aos animais, à vida, um novo ciclo solar de União, harmonia, trabalho e entendimento comum. Que cada um faça, se permita e permita ao outro fazer desse Ano de 2023 melhor mesmo do que será 2024… para que, ao chegarmos lá, seja possível desejar um 2024 melhor que 2023, com mais e belos caminhos, seja entre as flores ou pelo asfalto, em dias amenos de Sol ou atravessando a tempestade, unidos uns aos outros, unidos antes de mais nada a nós mesmos, na descoberta do dom que é estar vivo, do milagre que é ser humano.

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