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Ars Gratia Artis: Reflexões sobre “O Dever”, texto de Aleister Crowley sobre o Dever de um Thelemita

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O dever de um thelemita com ele mesmo

É reconhecer a si mesmo como centro de seu universo, compreendendo que ao aceitar a lei do forte, ele está aceitando a transitoriedade da sua dor e da sua alegria. Da sua felicidade e da sua tristeza.

É buscar e cultivar a sua verdadeira vontade, realizando ela (e somente ela) e nada mais. Fazendo com que toda e qualquer outra coisa seja maldição, e que toda e qualquer pessoa que tente por interferir nisso saia de seu caminho, apesar de que, ao fazer sua verdadeira vontade, nenhum outro lhe dirá não.

E acima de tudo, não se restrinja a si mesmo na busca dessa verdadeira vontade, vergonha é o pecado dos tolos, orgulho é uma virtude.

O dever de um thelemita com os outros

“Procurar dominar ou influenciar o outro é procurar deformá-lo ou destruí-lo; e ele é uma parte necessária do seu próprio Universo, isto é, do seu próprio self.”

— Aleister Crowley

Seu dever para com os outros é o respeito de vossa liberdade, e nada mais. Uma ajuda, um auxílio ou um suporte, é dado aqueles que de alguma forma se faz verdadeiramente necessário. Um thelemita nada tem com o incapaz e o inapto, e isso pode soar cruel, absurdamente cruel…

Mas é a realidade de nosso Aeon, apesar de que tal filosofia os Brâmanes já seguiam na Índia há muito tempo, no entanto temos dificuldade de conceber ela na atualidade por conta de nossas questões sociais e econômicas do dia-a-dia… Mas por apenas um momento tente se ver como o sol e tente ver a transitoriedade de tudo, o que há para fazer com quem em seu curto período de história nunca fez nada para si mesmo?

O dever de um thelemita com a humanidade

Pensar sobre sua própria liberdade e a liberdade de outro indivíduo acima de qualquer coisa. Qualquer forma de estado, jurisdição, lei ou regra que restrinja o indivíduo de sua capacidade individual de ir e vir deve ser abolida, PORÉM aqueles indivíduos que em seu seio de nascimento foram orientados a ideia de restringir outras pessoas, devem de alguma forma serem tratados para aceitar que a única lei vigente em nosso aeon é a lei da liberdade.

Ou seja, o indivíduo que vê em si mesmo o direito de restringir outra pessoa por conta de ter em si mesmo isso como ideal, deve ser retratado.

Texto reproduzido por: Danilo alves