Por Alessandro Monteiro
Carioca do bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, Áldima Pereira dos Santos, popularmente conhecida como Áurea Martins, em junho deste ano completa 80 anos com novos projetos e uma grande paixão pela música.
Nascida em família de artistas musicais, participou quando criança do coral da Igreja de Nossa Senhora do Desterro. Seu nome artístico foi presente de Paulo Gracindo quando atuava em programas de auditório da Rádio Nacional, na década de 60. Venceu na TV o concurso ‘A Grande Chance’, de Flavio Cavalcanti.
Com o dinheiro do prêmio, ela bancou o primeiro LP, ‘O Amor em Paz’, de 1972, que tem arranjos de Luiz Eça. Também esteve por um longo período atuando apenas no circuito boêmio da capital fluminense.
Com o disco ‘Até Sangrar’, de 2008, voltou à cena musical nacional, ganhando como melhor cantora no Prêmio da Música Brasileira, em 2009. No mesmo ano, o cineasta Zeca Ferreira lançou o curta ‘Áurea’, que mostra um dia de trabalho da artista na noite e já recebeu mais de 20 prêmios desde que foi lançado.
Em 2012, lançou seu primeiro DVD com o registro de um show em estúdio. Na carreira, oito CD’s gravados e Áurea, prestes a completar 80 anos, retorna ao estúdio e grava novo trabalho no formato voz e piano com Cristóvão Bastos.
Além de integrar as comemorações de seus 80 anos, o disco celebrará também o centenário de nascimento de Elizeth Cardoso (1920-1990), sua maior referência, com regravações de duas músicas que fizeram parte do repertório da cantora.
Mais informações sobre esta célebre artista,estão em sua biografia ‘Áurea Martins – A Invisibilidade Visível’ (2017), recém-lançada pela editora Folha Seca.