O treinamento de força, por muito tempo foi associado somente à estética corporal. Contudo, nos últimos anos, novos estudos demonstraram que o treinamento de força contribui para a melhora da glicemia plasmática e do perfil lipídico, redução de massa gorda, aumento de massa muscular e da densidade mineral óssea, entre outros benefícios. Tais resultados são observados independentemente do sexo, idade ou etnia, desde que sejam seguidos alguns critérios básicos para a prescrição do exercício. Segundo o posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a prescrição do treinamento de força deve fazer parte da rotina de atividades físicas indicadas, não só como fator de prevenção, mas também como de promoção da saúde também de indivíduos com algum tipo de comprometimento.
Além dos benefícios cardiometabólicos já conhecidos, observam-se também benefícios relacionados aos aspectos cognitivos e psicossociais, tais como melhora da auto-estima, da imagem corporal, do estado de humor, retardo do declínio das funções cognitivas, redução do risco de depressão, estresse, ansiedade e outros.
Flávio Soares, educador físico, especializado em Neurociências pedagógicas e Psicopedagogia