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Benny Briolly relata agressão após assessor do PL invadir gabinete

Foto: Divulgação

Benny Briolly relata agressão após assessor do PL invadir gabinete na tarde da última quarta-feira (10), na Câmara Municipal de Niterói. Segundo a vereadora e ativista, o episódio ocorreu por volta das 17h, quando Thiago, chefe de gabinete da vereadora Fernanda Louback (PL), entrou no local sem autorização, gravando, gritando e intimidando os presentes.

No momento da invasão, Benny estava reunida com sua equipe responsável por pautas LGBTQIAPN+ e de políticas para mulheres. De acordo com o relato, o tom agressivo do assessor causou medo e constrangimento entre todos que estavam no gabinete.

Mesmo diante do tumulto e das ofensas, a vereadora conseguiu retirar o agressor do local. Benny afirmou que o assessor exigia um parecer sobre um projeto de autoria da vereadora Fernanda Louback, procedimento que, segundo ela, deveria ser feito formalmente por meio da Mesa Diretora ou em reunião de líderes, e não por meio de intimidação direta.

A parlamentar classificou o episódio como inédito na história da Câmara de Niterói e apontou o caso como um exemplo claro de violência política de gênero, especialmente direcionada a mulheres negras e pessoas trans.

“Hoje aconteceu um episódio lamentável, mas que também mostra muito o que é o fascismo e o bolsonarismo. O assessor, chefe de gabinete da vereadora Fernanda Louback, invadiu meu gabinete me ofendendo. Nunca houve isso na história da Câmara de Niterói: um chefe de gabinete entrar no gabinete de outro parlamentar dessa forma, filmando, agredindo e dando ordens”, declarou Benny, em pronunciamento.

A vereadora também afirmou que não irá se calar diante do ocorrido. “Não vou ser eu, mulher negra, travesti, transexual, oriunda de favela, que vou tolerar uma anormalidade como essa. Estou tomando todas as medidas necessárias e isso não vai ficar assim. O meu lugar eu conquistei porque o meu povo me colocou aqui”, acrescentou.

Primeira parlamentar trans eleita e reeleita no Rio de Janeiro, Benny Briolly informou que já iniciou os procedimentos legais e institucionais cabíveis. Segundo ela, a atuação seguirá voltada à defesa da dignidade, da segurança e da proteção de mulheres, pessoas LGBTQIAPN+ e de todos que enfrentam episódios de violência política.

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