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Berta Loran, pioneira da comédia brasileira, morre aos 99 anos; velório será nesta terça-feira no Rio

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O Brasil se despede de uma de suas maiores referências no humor. A atriz e comediante Berta Loran faleceu na noite de domingo (28), aos 99 anos, em um hospital particular em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Hospital Copa D’Or, que lamentou a perda e prestou solidariedade à família, amigos e fãs.

A cerimônia de despedida será realizada nesta terça-feira (30), a partir das 8h, na Sociedade Religiosa Israelita Chevra Kadisha, no Rio de Janeiro. O sepultamento ocorrerá às 11h, no Cemitério Israelita de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Uma trajetória marcada pelo humor

Nascida na Polônia em 1924, Berta Loran chegou ainda criança ao Brasil, fugindo com a família das perseguições que precederam a Segunda Guerra Mundial. Aqui, construiu sua vida e carreira, tornando-se um dos grandes nomes da comédia nacional.

Com seu humor irreverente e presença marcante nos palcos e na televisão, Berta deixou sua assinatura em produções que atravessaram décadas. Atuou em novelas, peças e programas humorísticos, consolidando-se como uma das atrizes mais queridas da Rede Globo.

Entre seus trabalhos mais lembrados estão participações em clássicos como “Zorra Total”, além de inúmeras produções teatrais que ajudaram a popularizar o humor no país. Sua versatilidade também a levou ao cinema, onde brilhou em comédias que marcaram gerações.

Vida pessoal de desafios

Apesar do sucesso profissional, a vida de Berta foi marcada por dificuldades pessoais. Em entrevistas, ela relatava casamentos conturbados, problemas financeiros e a dor de não poder ter filhos.

Mesmo diante das adversidades, sua paixão pelo teatro e pela arte sempre prevaleceu. “Minha profissão esteve à frente de tudo, inclusive dos dois maridos que tive”, disse em depoimento à imprensa.

Um legado que permanece

Prestes a completar 100 anos em março de 2026, Berta Loran deixa uma história de superação, talento e dedicação à comédia. Sua trajetória, que mistura drama e riso, fica registrada na memória da cultura brasileira.

O velório e sepultamento desta terça-feira marcam não apenas a despedida de uma artista, mas a celebração de uma vida inteira dedicada a fazer o público rir.