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Brasil contém foco de gripe aviária e prevê retomada das exportações em junho

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Ministro da Agricultura destaca eficácia das ações sanitárias e projeta que país será declarado livre da doença em até 22 dias


O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (27) que o foco de gripe aviária identificado em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, está oficialmente contido. A declaração foi feita durante audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, ressaltando a eficácia do sistema sanitário brasileiro.

Após a detecção do vírus H5N1, o governo implementou sete barreiras sanitárias e medidas de proteção aos trabalhadores. No raio de 10 km da granja afetada, 540 estabelecimentos rurais foram vistoriados, com apenas uma granja ainda sob investigação. Até o momento, 21 casos suspeitos foram analisados, sendo 10 já descartados.

Fávaro informou que, se não houver novos registros da doença nos próximos 23 dias, o Brasil poderá se autodeclarar livre da gripe aviária, conforme protocolos internacionais que exigem 28 dias sem novas ocorrências após a desinfecção do local afetado. O ministro comparou a situação brasileira com a dos Estados Unidos, onde um foco recente resultou no abate de 700 mil aves, enquanto no Brasil foram abatidas 17 mil aves para conter a disseminação do vírus.

Apesar da rápida resposta, 24 países suspenderam temporariamente a importação de carne e ovos do Brasil, sendo que 13 restringiram apenas os produtos oriundos do Rio Grande do Sul. Com a contenção do foco, o governo brasileiro espera retomar as exportações em breve e está em negociação com os países que impuseram restrições.

O ministro enfatizou que o consumo de carne e ovos continua seguro, pois a gripe aviária não é transmitida por alimentos devidamente preparados. A situação reforça a importância de manter protocolos rigorosos de biossegurança na avicultura para prevenir futuros surtos.