O consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol tem provocado uma onda de intoxicações e mortes no país. O estado de São Paulo já contabiliza seis óbitos confirmados e 37 casos suspeitos. Só em São Bernardo do Campo, quatro pessoas morreram após ingerirem destilados contaminados.

Em Pernambuco, três ocorrências estão sob investigação, sendo dois óbitos. Em Lajedo (PE), dois amigos perderam a vida e um terceiro ficou com a visão gravemente comprometida depois de beberem uísque comprado em um caminhão. A Polícia Civil local apura se a bebida teria origem em São Paulo.

Diante da gravidade da situação, o governo federal anunciou um plano de ação emergencial para conter a crise. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou para a possibilidade de aumento no número de casos.

“O Brasil todo deve estar atento”, destacou.

A Polícia Federal também abriu investigação e analisa uma possível ligação da produção clandestina com facções criminosas, como o PCC. Entretanto, a Polícia Civil de São Paulo afirma não haver indícios que confirmem a participação da organização.

Autoridades reforçam que a ingestão de metanol pode causar desde cegueira até a morte em poucas horas. O Ministério da Saúde recomenda que a população compre bebidas apenas de estabelecimentos regulares, com procedência garantida.