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Brasil volta a produzir insulina após 20 anos e reforça atendimento pelo SUS

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Parceria com farmacêutica indiana e laboratório público nacional garantirá 50% da demanda do país

O Brasil retomou a fabricação nacional de insulina após duas décadas. O primeiro lote do medicamento foi entregue na sexta-feira da semana passada (11/07) ao Ministério da Saúde, como parte de uma parceria com a farmacêutica indiana Wockhardt, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a empresa brasileira Biomm.

A produção será feita por meio de transferência de tecnologia e integra a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O lote inicial, com mais de 207 mil unidades de insulina regular e NPH, foi apresentado em evento na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG), com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

“É o Brics na prática, trazendo tecnologia, emprego e saúde para a população brasileira”, afirmou o ministro, destacando a parceria com a Índia.

Segundo o governo, a produção nacional irá atender metade da demanda do SUS por insulina NPH e regular. Serão entregues ao todo 8 milhões de unidades entre 2025 e 2026, beneficiando cerca de 350 mil pessoas com diabetes.

Com investimento de R$ 142 milhões, o programa busca garantir autonomia do país na produção de medicamentos essenciais, reduzindo a dependência de importações. Ao fim do processo, Funed e Biomm estarão aptas a fabricar integralmente o produto no Brasil.

Atualmente, o SUS oferece quatro tipos de insulina e medicamentos para controle do diabetes, além de acompanhamento clínico contínuo pela Atenção Primária. Cerca de 10% da população brasileira tem a doença.