Por Claudia Mastrange
Morreu na manhã desta quinta-feira, sete de janeiro, no Recife, o cantor Genival Lacerda, vítima de Covid-19. O artista estava internado desde 30 de novembro em um hospital da Unimed na capital pernambucana. A notícia foi confirmada pelo filho do cantor, João Lacerda. Genival tinha 89 anos de, 64 anos de carreira e mais de 70 discos, e deixa um imenso legado em nossa música popular.
Internado em novembro, Genival já apresentava uma saúde frágil, pois teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2020. Em 10 de dezembro, o cantor foi diagnosticado com pneumonia. Seu estado se agravou e ele chegou a precisar de transfusões de sangue, A família pediu doações. No último boletim divulgado, a equipe médica do hospital informou que Genival respirava com ajuda de aparelhos.
Um dos maiores representantes da cultura nordestina, ele nasce na Campina Grande e chegou a ser radialista, Mas seu destino era cantar. As roupas coloridas, o jeito de dançar e a irreverência das letras fizeram de Genival Lacerda um artista único e muito querido em todas as camadas da população.
O primeiro disco foi gravado em 19564, mas o estouro veio com “Severina Xique Xique’, em 1975. Quem nunca cantarolou que “ele está de olho é na butique dela”? Outros sucessos como “Radinho de Pilha” e “Mata o velho” também tinham com seu humor inconfundível. Mudou-se para o Rio em 1964 e ajudou a popularizar o forró no sudeste, ao lado de nomes como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. A cultura e a música agradecem.
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