Quando abordamos o tema de “sequestro de carbono”, a primeira coisa que costuma vir à mente é o Protocolo de Quioto que propunha aos países que estes protegessem grandes áreas de florestas servindo como sumidouro de Carbono para serem convertidas posteriormente em créditos.
No entanto um outro “ tipo de carbono” começa a chamar a atenção da Comunidade Internacional: O Carbono Azul.
Os oceanos e as regiões costeiras são os reguladores climáticos da Terra, cobrindo 72% da superfície do planeta e sendo responsáveis por absorveram cerca de 40% do carbono emitido pelas atividades humanas desde a Revolução Industrial.
Ecossistemas costeiros, como manguezais, pântanos de maré e prados de ervas marinhas, portanto, atuam como reservatórios profundos de gases de efeito estufa. O problema atual é que tanto os oceanos quanto as regiões costeiras estão sob pressão, em meio ao aquecimento global, à destruição de habitats, à poluição e aos impactos da pesca excessiva e da atividade industrial.
Todos estes fatores estão contribuindo para reduzir o papel dos oceanos na mitigação das mudanças climáticas.
Por meio de nossos esforços, podemos evitar danos ou até mesmo restaurar os oceanos. Isso aumentaria a absorção de carbono da atmosfera e poderia fazer com que alcançássemos a metade estabelecida no Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas.
Além da importância como sumidouro de carbono, o “Carbono Azul” também pode impactar positivamente a economia dos países que estão conectados com os oceanos. Por exemplo, à medida que os manguezais se recuperam, as populações de peixes e fauna marinha se expandirão, apoiando a pesca e o turismo baseado na natureza, além de reforçar a proteção costeira e filtrar o escoamento.
As soluções climáticas baseadas na natureza nos oceanos do mundo podem desempenhar um papel mais importante nos esforços de conservação e redução de carbono em todo o mundo.