Para Luísa Leão, de 19 anos, o céu é o limite. E, apesar da pouca idade, ela tem muitas histórias para contar. Apaixonada desde a infância por astronáutica, essa aluna de Engenharia Mecânica, em 2018, por exemplo, viveu duas experiências inesquecíveis. Uma delas foi o convite feito pela NASA para apresentar um projeto sobre a criação de um campo magnético em Marte através da energia solar. O segundo foi a bolsa de estudos para cursar a National Flight Academy, em uma base militar da Flórida.
O convite da NASA foi uma oportunidade incrível de networking, contato com a área que eu quero seguir, e divulgação científica, já que milhares de pessoas visitaram o evento. A experiência na Flórida também foi espetacular: foram dias em uma base militar vivendo a rotina de um piloto, e foi muito importante, porque eu quero ser astronauta e planejo tirar a licença de piloto. Fora o conhecimento agregado, as amizades e o networking, foi incrível.
Após essas e outras experiências, a empreendedora Luísa lançou, no fim de 2020, o Projeto Ares . Ela lidera um time de mais 21 estudantes da PUC-Rio que desenvolve soluções concretas para o mundo como forma de colocar o aprendizado da sala de aula em prática e ganhar experiência profissional. A equipe atua nas áreas STEM – Science, Technology, Engineering and Mathematics, com foco em tecnologia e no setor aeroespacial.
O objetivo principal do Ares é criar soluções concretas para o mundo, principalmente para o nosso setor de atuação, que é o aeroespacial, e ter projetos concretizados que de fato estão agregando valor a algo, seja através de uma competição, um projeto para empresa ou até de iniciativa própria nossa – explica a capitã do projeto.
Antes de chegar à PUC, onde cursa o quinto período de Engenharia Mecânica, a estudante carioca passou por vários colégios. Entre eles, o Liceu Franco-Brasileiro localizado em Laranjeiras, do qual guarda ótimas lembranças.
Em outros colégios vemos que uma preocupação recorrente é a colocação no vestibular acima da formação do estudante como indivíduo. Porém, no Franco, uma coisa que foi muito especial para mim, e acredito que seja o seu maior diferencial, é que, além do ensino de qualidade, também nos foi proporcionado um acompanhamento pessoal, com a preocupação de formar indivíduos íntegros, e auxiliar os estudantes a se encontrarem na sua jornada. Eu entrei no colégio como uma pessoa, e saí uma outra completamente diferente. Durante os 3 anos tive apoio incondicional do colégio, e acesso a oportunidades extracurriculares de muita importância – agradece a futura engenheira.
Gratidão ao Franco
Em 2018, quando ganhou a bolsa para o National Flight Academy, Luísa recebeu todo apoio do Franco em relação ao custeio das passagens, do visto, passaporte e acompanhante.
Durante os 3 anos que fui aluna do Franco recebi apoio incondicional, e acesso a oportunidades extracurriculares de muita importância. Fui bolsista no Franco, e ter um colégio tão bom me acolhendo e investindo em mim mudou minha vida. Sou extremamente grata por poder experimentar tudo isso.
Recentemente, Luísa e sua equipe lançaram o Ares Júnior. Nem é preciso dizer que foi um sucesso.
Estamos com mais de 400 alunos (do Ensino Médio) participando. Vamos levar um recém-formado da PUC que está no ITA e na EMBRAER para falar da aeronáutica brasileira, e assuntos mais específicos, como astrobiologia e direito espacial para que alunos de outras áreas (biológicas e humanas) possam ver um pouco da atuação no setor aeroespacial. Ao final do mês nós vamos emitir um certificado para os estudantes com uma boa frequência para que já coloquem no currículo e comecem a ver a importância dessas oportunidades extracurriculares. E também vamos abordar os assuntos mais direcionados, como as carreiras no setor aeroespacial, a atuação do Brasil nessa área, a astronomia, robótica, computação, entre outros.
Definitivamente, o céu é o limite para Luísa.