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Cariocas são aprovados em Medicina estudando somente pela internet

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Ana Clara Oliveira, 23, e Diogo Prestes, 24, se prepararam para o Vestibular através da internet e foram aprovados na UERJ em Medicina, um dos cursos universitários mais concorridos; a dupla de estudantes do RJ lista dicas

O estudo online se manteve em alta mesmo após o fim da pandemia, mostrando que veio para ficar. Segundo estudo recente do Google, em parceria com a empresa Educa Insights, aulas semipresenciais e EADs são as favoritas em diferentes níveis: graduação (64%), pós-graduação (75%), cursos livres (75%) e idiomas (63%). Os cariocas Ana Clara Oliveira,23, e Diogo Prestes, 24, fazem parte dessa porcentagem. Ambos foram aprovados na UERJ em Medicina – um dos cursos mais concorridos do Brasil – estudando pela internet.

“O estudo online e híbrido já não é uma hipótese que talvez dê certo, é um modelo de ensino que se instaurou. Hoje já está claro que o modelo remoto ou híbrido não é moda, e sim uma nova configuração que veio para ficar. E, sim, é possível ser aprovado no Vestibular se preparando somente por meio da internet”, comenta Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto – canal 100% online com foco na preparação para o Enem e vestibulares.

A caloura em Medicina Ana Clara estudava em escola pública e, estudando pela internet, ela conseguiu ‘correr atrás’ das matérias que ela tinha perdido durante o ensino médio. “O meu colégio entrou em greve e acabei me formando no meio de 2019, então, durante esse período eu assinei a Plataforma para conseguir ter uma base de conhecimento. Me surpreendi ao ver que muitos conteúdos de Química e Biologia, por exemplo, eu nunca tinha tido contato durante o Ensino Médio” conta.

Já o estudante de Medicina Diogo conta que estudar online e usar a internet é prático e ajuda muitos os estudantes. “Às vezes, queremos fazer uma consulta a um conteúdo rapidamente ou encontrar a resolução de alguma questão, e com a internet fica bem mais fácil, em termos de agilidade e acesso à informação”, explica.

Apoio durante os estudos

“Em 2022 eu tive a oportunidade de estudar durante um ano em um cursinho presencial, onde tive contato direto com outros estudantes que estavam passando pelo mesmo processo, o que foi bom porque podíamos trocar experiências, etc. Mas ao estudar online, consegui me concentrar mais e fazer meus estudos ‘renderem’, pois fazia meu próprio cronograma e organização das revisões”, diz Ana Clara.
 

Para os novos universitários, estudar junto com outras pessoas ajuda muito no processo. Diogo conta que, durante um tempo, estudou junto com um amigo que também queria entrar em Medicina. “Meu amigo sugeriu fazermos simulados juntos, e, durante um ano, fazíamos alguns simulados por semana para se preparar. Eu tive um desempenho melhor naquele ano por conta desse apoio, além do amplo acesso a materiais didáticos como gráficos, resumos, e às aulas online, que têm a praticidade de ficarem gravadas, caso não consiga acompanhar em tempo real”, diz.
 

Resiliência

Como Medicina é um curso amplamente concorrido, muitos candidatos acabam não passando “de primeira”. “Demorei 6 anos para ser aprovado, e há momentos em que as comparações me abalavam, sim. Em um momento, pensava: fulano passou porque é melhor que eu? Mas, com o tempo, simplesmente parei de me importar com essas comparações e foquei em mim, na minha performance, e em superar a mim mesmo a cada dia”, relembra Diogo.

Para o agora calouro, a reprovação não é “somente um ponto de difícil, mas sim a possibilidade de um recomeço”. “Então, se vai tentar novamente, não se compare com quem já passou, mas com você mesmo, veja o quanto já evoluiu, onde precisa melhorar, e entenda que cada um tem seu tempo”, aconselha Ana Clara.

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