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Cientistas Japoneses Criam Plástico que Desaparece no Mar e Nutre o Solo

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Graphic: Fa Azevedo

Em uma inovação que pode transformar a luta contra a poluição plástica, cientistas do Japão desenvolveram um novo tipo de plástico biodegradável que se dissolve em poucas horas na água do mar e enriquece o solo ao se decompor. A descoberta, publicada em novembro de 2024 na revista Science, é fruto da colaboração entre o RIKEN Center for Emergent Matter Science e a Universidade de Tóquio, liderada pelo professor Takuzo Aida.

Chamado de plástico supramolecular, o novo material é formado por monômeros iônicos conectados por pontes salinas reversíveis. Isso permite que o plástico seja resistente durante o uso, mas rapidamente degradável quando descartado em ambientes naturais. No mar, ele se dissolve completamente em poucas horas e assim, evita a geração de microplásticos — um dos maiores vilões da vida marinha. No solo, sua decomposição leva cerca de 10 dias, além de liberar nutrientes que atuam como fertilizantes naturais, promovendo a saúde do ecossistema terrestre.

Além de ecológico, o material é reciclável. Após a dissolução, cerca de 90% dos seus componentes podem ser recuperados e reutilizados, tornando-o ainda mais sustentável. Também é seguro, não inflamável e não tóxico, com potencial para aplicações diversas, como embalagens, dispositivos médicos e produtos agrícolas.

Essa inovação surge em um momento, onde bilhões de toneladas de plástico se acumulam nos oceanos e solos do planeta. O plástico supramolecular japonês representa um passo promissor rumo a um futuro mais limpo e sustentável, unindo alta tecnologia e respeito ao meio ambiente.


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