Encenado e dirigido por Laura Samy e Miwa Yanagizawa (diretora assistente), ambas com significativas experiências na dança e no teatro, respectivamente, o espetáculo estreia dias 11 e 12 de junho, com sessões duplas (às 11h e 17H), no Teatro Gláucio Gil, em Copacabana. Depois, a peça segue para o Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, nos dias 25 e 26 de junho, com sessões às 15h e às 17h30. Este é o primeiro projeto do Coletivo Mandíbula, que inclui ainda a dramaturga Clarice Lissovsky, o diretor musical Rodrigo Maré, a iluminadora Lara Cunha, além da participação do dançarino Bruno Duarte como artista convidado.
A história se desenrola através de perguntas, anedotas e experimentos. Começa a partir da conversa de três cientistas que realizam experiências no interior de um laboratório enquanto falam sobre algumas lembranças e motivações que os trouxeram até ali e os conhecimentos adquiridos durante o processo de pesquisa na vida de cada um. Assim como as crianças, os personagens questionam sobre o movimento das coisas e embarcam em um universo onde uma experiência leva a outra, um gesto leva ao outro, numa teia de caminhos tão rica quanto a criatividade infantil e tão certeira quanto o conhecimento científico.
Ao longo do espetáculo, os atores encarnam figuras variadas e reaparecem como moléculas, sapos, escavadores, deuses… A construção gestual e o constante jogo com as palavras faz dançarem também os seus sentidos. “Criamos imagens que se formam e se desmancham coreograficamente. É uma peça para rir, se emocionar e principalmente, para deixar o imaginário borbulhar”, reflete Miwa Yanagisawa.
Misturando literatura, teatro, música, dança, tradição e atualidade, o espetáculo é uma forma de aproximar as crianças e adolescentes do universo da ciência e da exploração, já que cada um tem dentro de si um cientista, e todo cientista carrega ainda dentro de si, uma criança. “Nosso interesse é incitar qualquer pessoa a querer desbravar o mundo, a querer destrinchar as coisas e, quem sabe, poder pensar que há possibilidade de tocar nesse mundo e criar novos afetos e sentidos para uma paisagem que parecia, ao olhar distraído, inalterável”, mexer nas coisas por dentro e, quem sabe, poder pensar que existe a possibilidade de tocar nesse mundo…de criar afetos e sentidos frente a uma paisagem que parece, a um olhar distraído, inalterável”, explica Laura Samy.
Para o grupo, o projeto, que já estava em andamento antes da Pandemia, chega num momento em que é preciso reforçar ainda mais a importância da ciência em seus princípios básicos de estudo e conhecimento técnico, dada a responsabilidade que hoje recai sobre ela. Lembrar que a ciência dialoga com um quadro social vivo, que existe no presente e que necessita com urgência de cuidados e transformações, entendendo junto disso a necessidade de um bem-estar social da população como um todo. “Queremos instigar as crianças, adolescentes e adultos a não tirarem da bagagem o dom desbravador, pois é na fagulha da imaginação que nascem as experimentações científicas e o desejo de investigar os fenômenos presentes no mundo”, diz Clarice Lissovsky.
SERVIÇO
TEATRO ARMANDO GONZAGA
Data: 25 e 26 de junho.
Hora: Sábado e domingo às 15h e 17h30.
Local: Teatro Armando Gonzaga – Av. Gen. Osvaldo Cordeiro de Farias, 511 – Mal. Hermes, Rio de Janeiro. Contato: (21) 2332-1040.
Preço: R$10,00 (inteira) e R$5,00(meia-entrada).
Capacidade: 198 lugares.
Faixa Etária: Livre.
Duração: 50 minutos.