Nascida em Niterói, em 15 de agosto de 1899, Maurina Dunshee de Abranches era filha do escritor, jornalista e político Dunshee de Abranches. A filha, que lhe fora secretária, publicou sua obra de mais de 100 livros.
Casou-se, em 1920, com Amílcar Marchesini, e ficou viúva aos 27 anos. Casando posteriormente com o Conde Ernesto Pereira Carneiro, já dono do Jornal do Brasil, em 1940. A Condessa reformulou o JB a partir da década de 1950, ocasionando uma revolução na imprensa nacional, capitaneada pelo então presidente do periódico, Nascimento Brito.
A Condessa assumiu o jornal, em 1953, adotando por lema a expressão “a ordem é não parar”.
Durante o regime militar brasileiro, lutou contra a censura imposta ao jornal, sendo que Nascimento Brito imputava aos governos militares as razões pelas dificuldades que levaram ao fechamento do periódico.
Faleceu de parada cardiorrespiratória, no Hospital Sarah Kubitschek, onde estava internada por uma semana. Sua morte causou grande comoção: o governador do Rio de Janeiro de então, Leonel Brizola, decretou luto oficial no Estado – o mesmo ocorrendo no Maranhão, por decreto do gestor Luís Rocha; o presidente do México, Miguel de la Madrid Hurtado, expressou suas condolências. A cerimônia fúnebre foi regida pelo cardeal D. Eugênio Sales.
Foi enterrada no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.