Em audiência pública da CPI dos Trens da Alerj realizada na última segunda-feira (04), o deputado estadual Waldeck Carneiro, relator da Comissão, cobrou da Polícia Militar – especialmente do Grupamento Ferroviário da PM – operações ostensivas e duradouras nas estações dominadas pelo tráfico de drogas. “De acordo com o GPFer, as 12 estações controladas pelos traficantes tiveram ações efetivas entre abril e junho para intervenções da Supervia com obras. Porém, não houve nenhuma operação ostensiva e duradoura da PM, com agentes diuturnamente nas estações. Há necessidade deste trabalho, já que a única efetivamente ocupada pela PM é a do Jacarezinho, por conta de outro programa do governo estadual, que não é o ‘Estação Segura'”, afirmou o parlamentar.
Segundo o comandante do Grupamento Ferroviário da PM, Carlos Henrique Cosenza, que conta com 100 agentes de segurança no efetivo, a Operação “Estação Segura” teve início após audiência pública realizada pela CPI dos Trens da Alerj realizada no dia 04 de abril deste ano. “Foram feitas 54 ações nas 12 estações apontadas pela Supervia, com participação de 1.920 agentes do batalhão da área, do Bope, do BPChq e do BAC. No total foram 20 presos e apreendidos dois fuzis, quatro pistolas, quatro simulacros e duas granadas, além de munições. Também pegamos 2.325 invólucros de maconha, 131 de haxixe e 366 pinos de cocaína”, disse Cosenza.
André Henrique Silva, Comandante de Policiamento Especializado da PM, ressaltou que as operações nas estações continuarão. “Além de Barros Filho, Costa Barros, Del Castilho, Jacarezinho, Manguinhos, Parada Angélica, Parada de Lucas, Santa Cruz, Senador Camará, Vigário Geral, Guapimirim e Suruí, sendo que essas duas últimas não são áreas de perigo de confronto com o tráfico, também fizemos ações efetivas em Tancredo Neves, Manoel Belo e Paciência e Padre Miguel”, contou.
Luiz Henrique Pereira, Delegado-Titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), disse que, no início de maio, foi criada uma força-tarefa de fiscalização contra revendedores de fios e cabos de cobre, pela Polícia Civil. “É um trabalho de inteligência que mapeia os locais de incidência de fios e cabos furtados para ferro velhos. As fiscalizações aconteceram em regiões como Madureira, Tijuca e Cordovil, por exemplo. A partir de agosto, haverá a exigência do RAF, documento que autoriza os recicladores dos ferros velhos a funcionar”, revelou o delegado, lembrando que o trabalho fez a incidência de ocorrências diminuir de 247 (maio) para
64 (junho). Em três meses (abril, maio e junho), as ações de fiscalização prenderam 44 pessoas.
O deputado Waldeck solicitou também que a 54 DP (Belford Roxo) também seja ponto de registros de ocorrências relacionados à Supervia, o que foi prontamente aceito pelo Delegado Luiz Henrique. “Trata-se do pior ramal ferroviário do Rio”, lembrou o parlamentar.