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Cúpula do G20 Social tem início nesta quinta com diferentes vozes da sociedade civil

Conclusão de trabalhos desenvolvidos ao longo de quase um ano pela sociedade civil e movimentos sociais do Brasil e do exterior, a Cúpula do G20 Social será aberta nesta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro. Ela reforça a participação social como instrumento fundamental para construção de políticas públicas do governo brasileiro.
 

O G20 Social foi anunciado pelo presidente Lula na 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do G20, em Nova Délhi, na Índia, quando o Brasil assumiu simbolicamente a presidência do fórum, e constitui uma iniciativa inédita no âmbito do grupo das maiores economias do mundo.
 

Hoje, 14, as atividades autogestionadas – propostas e conduzidas pela sociedade civil em suas mais diversas vozes – têm início a partir das 9h, no Território do G20 Social, integrado pelo Espaço Kobra, Armazém 2, Armazém 3, Armazém Utopia e Museu do Amanhã, ao longo do Boulevard Olímpico, na região central da cidade do Rio.
 

São debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior, num total de 271 atividades.
 

A cerimônia de abertura será realizada às 14h, com a presença do ministro Márcio Macêdo, da Secretária-geral da Presidência da República e coordenador-geral do G20 Social, da Primeira-Dama Janja da Silva, do embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, de Margareth Menezes, ministra da Cultura, de Nandini Azad, representante da Sociedade Civil Internacional, e Edna Roland, representante da Sociedade Civil Brasileira.
 

PROGRAMAÇÃO – A Cúpula do G20 Social contará com feiras organizadas ao longo do Boulevard Olímpico em três caminhos temáticos: o da Sustentabilidade, com artesanato e serviços; o do Combate à fome, com produtos alimentícios e agroecológicos; e o da Cultura dos Povos, com literatura, publicações e divulgações sociais. Ao todo serão 180 barracas, das quais 30 com produções indígenas.
 

A programação do segundo dia da Cúpula Social (15) estará organizada em torno dos três eixos prioritários da presidência brasileira do G20 – combate à fome e às desigualdades, enfrentamento às mudanças climáticas e transição energética justa; e reforma da governança global – com aprovação de um documento por eixo. Em seguida, na parte da tarde, continuam as atividades coordenadas pela sociedade civil.
 

O último dia da Cúpula Social (16) será o da síntese das atividades desenvolvidas para o G20 Social. Da plenária, sairá o documento final a ser entregue ao presidente Lula, no ato de encerramento.
 

O documento será encaminhado à Cúpula dos chefes de Governo e Estado, pelo presidente Lula, como uma contribuição da sociedade civil brasileira e estrangeira para o debate dos dias 18 e 19 de novembro.
 

O QUE É – O G20 Social é uma iniciativa inédita na história do encontro de líderes mundiais das maiores economias do mundo. Foi construído ao longo de 2024, com o objetivo de ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, que durante a presidência brasileira tem por lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.
 

Como um país plural, diverso e com autoridade para tratar de questões fundamentais, como a mudança climática e combate à fome e à pobreza, o G20 Social garantiu espaço para as diferentes vozes, lutas e reivindicações das populações e dos agentes não-governamentais dos países que compõem o G20. Dessa forma, o G20 Social pretende que as contribuições da sociedade civil – consolidadas no documento final, a ser aclamado no último dia da Cúpula Social – sejam analisadas e, no que couber e houver consenso, incorporadas à Declaração de Líderes.
 

TRILHA SOCIAL – Nos últimos dez meses, foram organizadas dezenas de atividades e reuniões inéditas no G20 pela presidência brasileira, a partir da trilha do G20 Social. Pela primeira vez nos mais de 25 anos de história do G20, lideranças da sociedade civil brasileira e estrangeira sentaram-se à mesa com negociadores das trilhas de finanças e política de todos os países do G20, para discutir propostas a serem encaminhadas para os chefes de Estado.
 

Em agosto, foi realizado na Fundição Progresso, no Rio, o Encontro Preparatório da Cúpula Social do G20, que contou com a participação de mais de 1.000 representantes de organizações da sociedade civil e movimentos sociais com atuação de base, além de grupos de engajamento – que organizam debates autogestionados e recomendações temáticas no G20.
 

Do encontro, saíram os textos-base colocados em consulta pública na página do G20 Social Participativo – ferramenta digital criada exclusivamente para o G20 Social. Os textos apresentaram a sistematização das propostas debatidas, conforme padrões internacionais de relatórios e documentos diplomáticos, sobre os três temas prioritários do G20: combate à fome, pobreza e desigualdade; reforma da governança global e sustentabilidade, mudança do clima e transição justa.
 

Na plataforma trilíngue, a sociedade civil também pôde apresentar propostas, anexar documentos elaborados por coletivos ou indivíduos com reflexões sobre os assuntos prioritários do G20, além de postar comentários por parágrafo. Foram, ao todo, 15 campos de contribuição para cada documento, por pessoa.
 

ENGAJAMENTO – Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).