Nascida no período colonial, Dandara é descrita como uma heroína. Dominava técnicas da capoeira e lutou ao lado de homens e mulheres na defesa do Quilombo dos Palmares.
Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de negros que desafiaram o sistema colonial escravista por quase um século.
Segundo a narrativa em torno de Dandara, ela teria tido um importante papel no rompimento de Zumbi, seu marido, com Ganga-Zumba, primeiro grande chefe de Palmares e tio de Zumbi.
Em 1678, Ganga-Zumba assinou um tratado de paz com o governo de Pernambuco. O documento previa a libertação de palmarinos que haviam sido feitos prisioneiros em um dos confrontos. E a liberdade dos nascidos em Palmares, além de permissão para realizar comércio. Em troca, os habitantes do quilombo deveriam entregar escravos fugitivos que ali buscassem abrigo. Dandara, ao lado de Zumbi, teria sido contrária ao pacto por entender que se tratava de um acordo que não previa o fim da escravidão.
Dandara suicidou-se (jogou-se de uma pedreira ao abismo) depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava.