Que noite! Leitura do discurso de Machado de Assis, em 20 de julho de 1897. Entrega do Prêmio Machado de Assis à Adélia Prado e muita emoção!
Adélia Prado era professora e começou a escrever versos de enorme encantamento. O segundo livro “Coração Despertado” recebeu o Prêmio Jabuti, por mérito de sua produção ímpar. Ao todo, são dezoito livros publicados por essa mineira de Divinópolis.
A poesia de Adélia, feminista aguerrida, brilhou, encantou, já que se dedicou a examinar o universo feminino, falando da existência dela mesma e da existência do mundo.
Adélia ilumina o universo feminino, desnudando a mulher comum e o cotidiano do casamento.
Poeticamente Adélia, em seus poemas, aborda o erotismo e a religiosidade, carregando na alma a bandeira da liberdade! Por tudo isso, deixo este excerto do poema intitulado “Com licença poética”:
“Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada”.
Que nada, Adélia, “mulher é desdobrável. Eu sou”.
Retifico, querida, nós somos!