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Deleite Linguístico: Como conseguir o que se quer, deixando ir

Caros leitores, antes de julgarem-me como incoerente, peço atenção ao texto que a vocês apresento, fruto de uma célere leitura de trechos do livro ” A sabedoria da insegurança: como sobreviver na era da ansiedade”, de Alan Watts. Esse livro, publicado em 1951, pareceu-me atualíssimo e creio no poder que as palavras contidas nele têm de levar os leitores à reflexão acerca da “lei reversa”, segundo a qual quanto maior nosso esforço, menor acaba sendo a recompensa atingida. Sei que soa mal; mas vejamos, na prática, se isso se torna verídico. Para isso, façamos um exercício em que nos colocaremos em questões do dia a dia. Eis algumas: quantas vezes nos esforçamos para agradar um (a) suposto (a) companheiro (a) amoroso (a) de que muito gostamos e não recebemos a reciprocidade esperada? Quantos amigos simplesmente nos abandonaram, embora tenhamos nos dedicado à amizade que nutrimos por eles em virtude de um mal-entendido? Como nos sentimos depois de uma crítica vinda de uma falha nossa em meio a tantos atos corretos que parecem ser esquecidos? (isso é recorrente em ambientes de trabalho!) Quanta decepção temos em verificar que tudo feito por e para um (a) amigo (a) é ignorado ou esquecido na primeira negativa dada àquele (a), já que teríamos prejuízos? A lista é imensa e diversa. Com amigos, previamente troquei impressões sobre essa situação, recebendo deles ilustrações acerca disso. (Guilhermina foi uma delas…. Encontramos tantos exemplos que achamos por bem deixar para lá… Afinal, “quem disse que viver seria fácil?”, como diz minha querida Gui!)

Para corroborar a tese em questão, aludo à terceira lei de Newton, conhecida como lei da ação e reação, segundo a qual, para toda força de ação que é aplicada a um corpo, surge uma força de reação em um corpo diferente. Essa força de reação tem a mesma intensidade da força de ação e atua na mesma direção, mas com sentido oposto. (Informação obtida facilmente no Google). Essa lei, portanto, explica o fato de, ao tentarmos afundar, flutuarmos. Pois é, meus caros, quanto mais queremos algo, a chance de não o atingimos é grande. Por isso, aproveitemos a vida sem reviver o passado, que não mais voltará, e permitimo-nos viver em plenitude o presente, já que o futuro independe de nossa vontade. Sei que é difícil, mas precisamos exercitar essa postura, a fim de que vivamos melhor e sem muitas expectativas, que acabam por nos deixar ansiosos e, por vezes, frustrados. Com o término deste ano em que situações cotidianas acabam por nos impelir a repensar na vida, desejo que vocês repensem nas suas e que se permitam viver cada dia como se fosse o único. Dessa forma, momentos mais felizes e tranquilos farão parte de nossa jornada.

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