Devagar ou bem depressa?
Eis que o fim do ano chegou.
Zelando pelo futuro,
Estou com muita esperança.
Melhores dias virão!
Esses são alguns dos versos de minha mãe Marly, já falecida,
encontrados em um caderno por mim achado…
Nestes dias, anteriores ao Natal,
Ficam as lembranças de quem já partiu…
Na mesa, restarão lugares,
Na cozinha, faltarão falas, risadas e reclamações,
oriundas pelo fato de
o cunhado pegar a rabanada recém-frita,
a criançada lambuzar-se na massa do bolo,
a irmã destacar-se pela deliciosa aletria,
a bacalhoada ficar salgada,
o arroz estar cheio de passas…
Que saudades dessa magia!
Para minimizar esse sentimento de nostalgia,
E demonstrar a necessidade de alegria,
Sugiro atenção às seguintes palavras de Frei Betto, autor do texto Fazer renascer o Natal:
“Mudemos nós e o Natal. Abaixo Papai Noel, viva o Menino Jesus! Em vez de presentes, presença – junto à família, aos que sofrem, aos enfermos, aos soropositivos, aos presos, às famílias das vítimas de crimes, às crianças de rua, aos dependentes de droga, aos deficientes físicos e mentais, aos excluídos.”.
Diante da riqueza desta mensagem, desejo que, a partir de hoje, os Natais sejam motivo de mudança em suas vidas, sejam o recomeço de um novo ser, muito mais sublime, sensível, empático, ético e singular! Afinal, melhores dias virão!
Feliz Natal, meus caros leitores!
Fernanda Lessa.