Diariamente preparar o solo para que as sementes possam brotar. É tentar encaminhar nossos estudantes para um futuro promissor. É saber que a colheita quase nunca será vista por quem iniciou todo o arado com cuidado, amor, dedicação e profissionalismo, mesmo que não receba estímulo ou valorização…
Enquanto educadores, sabemos que são necessários bastante tempo e desprendimento para obter resultado…
Somos esperançosos e pretensiosos, embora muitos nos julguem ultrapassados.
Em vão, tentamos encaminhar o alunado por caminhos distintos aos que assistem na internet com atenção,
a mesma que não se faz presente na rotina escolar, vista sem qualquer contribuição, pela meninada, carente de atenção e de proteção.
Sabemos que todos precisam colaborar: Família, amigos, sociedade.
Infelizmente poucos, de fato, fazem sua parte…
É mais fácil não impor limites, não cobrar o que fizeram nas aulas, não apresentar valores, há tempos,
esquecidos por grande parte dos (ir)responsáveis mais interessados nas benesses recebidas pela permanência dos filhos na escola.
Verificar caderno, mochila, apostila é algo que cansa, portanto “deixe isso pra lá”.
Enquanto isso, na hercúlea tarefa de lecionar, estamos nós, professores, insistindo no poder da educação,
na diferença que ela faz para a vida dessa geração, vazia de boa educação e repleta da ilusão …
O panorama é preocupante, muitos estudantes estão sendo formados sem qualquer orientação…
Têm o mundo na palma da mão, mas preferem dançar até o chão
porque não veem razão para terem a educação formal, que certamente fará a diferença no final.
Quando se derem conta do que fizeram, escassas ofertas receberão, sem falar na má remuneração…
Somos uma parcela que atualmente não tem a mesma influência dos tempos de outrora, exemplo deixamos de ser…
Qual foi o resultado dessa postura? Deixo para vocês, caros leitores, a resposta para isso
com enorme tristeza e desestímulo por vislumbrar um futuro perdido.
Temo uma safra de cidadãos sem reflexão e ausentes de atuação. Viva a tão desmerecida educação!