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Deleite Linguístico: Lecionar é…

Foto: Agência Brasil

Diariamente preparar o solo para que as sementes possam brotar. É tentar encaminhar nossos estudantes para um futuro promissor. É saber que a colheita quase nunca será vista por quem iniciou todo o arado com cuidado, amor, dedicação e profissionalismo, mesmo que não receba estímulo ou valorização…

Enquanto educadores, sabemos que são necessários bastante tempo e desprendimento para obter resultado…

Somos esperançosos e pretensiosos, embora muitos nos julguem ultrapassados.

Em vão, tentamos encaminhar o alunado por caminhos distintos aos que assistem na internet com atenção,

a mesma que não se faz presente na rotina escolar, vista sem qualquer contribuição, pela meninada, carente de atenção e de proteção.

 Sabemos que todos precisam colaborar: Família, amigos, sociedade. 

Infelizmente poucos, de fato, fazem sua parte…

É mais fácil não impor limites, não cobrar o que fizeram nas aulas, não apresentar valores, há tempos,

esquecidos por grande parte dos (ir)responsáveis mais interessados nas benesses recebidas pela permanência dos filhos na escola. 

Verificar caderno, mochila, apostila é algo que cansa, portanto “deixe isso pra lá”.

Enquanto isso, na hercúlea tarefa de lecionar, estamos nós, professores, insistindo no poder da educação, 

na diferença que ela faz para a vida dessa geração, vazia de boa educação e repleta da ilusão …

O panorama é preocupante, muitos estudantes estão sendo formados sem qualquer orientação…

Têm o mundo na palma da mão, mas preferem dançar até o chão

porque não veem razão para terem a educação formal, que certamente fará a diferença no final.

Quando se derem conta do que fizeram, escassas ofertas receberão, sem falar na má remuneração… 

Somos uma parcela que atualmente não tem a mesma influência dos tempos de outrora, exemplo deixamos de ser… 

Qual foi o resultado dessa postura? Deixo para vocês, caros leitores, a resposta para isso

com enorme tristeza e desestímulo por vislumbrar um futuro perdido.

Temo uma safra de cidadãos sem reflexão e ausentes de atuação. Viva a tão desmerecida educação!

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