Estamos próximos do final do ano! Até lá, quero voltar minha atenção ao final do mês de outubro e ao início de novembro, período em que há muitas datas comemorativas importantes. De todas, enfatizo o dia 29 de outubro em que comemoramos o Dia Nacional do Livro, uma ferramenta que ganhou, ao longo dos anos, versões digitais e até faladas! Não é incrível poder conhecer uma história por um audiolivro? Ou quem sabe ler um lançamento por meio de uma versão eletrônica de um livro impresso? Coisas da modernidade… Basta ter um dispositivo, que pode ser um e-reader, ou o próprio celular, e você poderá se assustar com aquela história aterrorizante, ideal de ser lida no dia 31 de outubro! As crianças e adolescentes irão adorar! Há também aquele público que se emociona com livros em que a poesia expressa sentimentos velados, amores guardados e quem sabe até os vivenciados, mas nunca contados? Quer data melhor para isso do que o dia 31, em que se comemora o Dia Nacional da Poesia, em homenagem ao nascimento de Carlos Drummond de Andrade?
Voltando ao dia 29 de outubro e atrelando-o ao Dia Nacional do Livro, é crucial revelar que esse dia fora escolhido, por meio de um decreto de 1810, em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Brasil, instalada nas catacumbas do antigo Hospital do Carmo! Como não pensar no dia 2 de novembro, cuja data ganha cores e comidas no México? Prefiro, como os mexicanos, honrar os falecidos com as caveiras doces, que, segundo a tradição, se forem ofertadas, podem garantir meu lugar no paraíso! Brincadeiras à parte, todas essas datas comemorativas orbitam em torno da Biblioteca, espaço sagrado onde recebemos um passaporte liberado para migrarmos por mundos e por culturas distintas; tendo, como veículo, livros que nos possibilitam a infinita capacidade de imaginar e de viajar sem muito dinheiro gastar, já que nem sairemos do lugar, na cadeira podendo confortavelmente nos instalar …. Rima é algo gostoso de se criar! Você há de concordar que ninguém é o mesmo depois de ler um livro, de ouvir um poema, de ter acesso a uma história de terror. De cada livro levamos uma experiência, uma reflexão, uma mensagem que nos afeta e que nos impulsiona a pensar, a mudar e a chamar outros leitores a participar do mágico mundo em que a combinação de letras, de ritmos e de personagens mexem com nossas emoções! Não sei quais memórias lhe habitam, mas eu recordo-me das vezes em que, em tempos anteriores a celulares e a quaisquer dispositivos eletrônicos, a ida à biblioteca era a única forma de obtenção de conhecimentos enciclopédicos e de exemplares de livros. Época em que o silêncio era obrigação, garantindo que a atenção seria voltada ao que era minuciosamente lido e imaginado a partir das ações de personagens que me faziam rir ou chorar diante das situações por eles passadas. Quem nunca chorou ao ler uma história com final triste ou com versos que faziam as lágrimas escorrerem pelo rosto não sabe o que está perdendo! Mas ainda é tempo porque outubro está acabando, enquanto um(a) novo(a) leitor(a) está, neste momento, nascendo!





