Tenho pressa em viver!
Talvez seja a certeza de que vou morrer.
Por isso, muitas ações quero fazer:
amar, conversar, estudar,
abraçar, cuidar, compartilhar.
Vocês já refletiram sobre a efemeridade da vida?
Creio que sim, até pelos acontecimentos triviais, mundiais…
Quem nunca parou e lastimou-se
ao perceber que este pode ser o último dia,
que a viagem pode acabar a qualquer instante?
E que o que fora adiado não será mais executado?
Inferimos que não haverá tempo para resgatar certas situações…
Sofremos antecipadamente a possibilidade de não vivermos novas emoções…
Como dói ter consciência disso!
Como incomoda a certeza do fim!
Quando? Como? Onde?
Nada sabemos…
O remédio é, pois, viver.
Será, então, Quintana,
que é melhor seguir seus conselhos:
não olhar o relógio
e seguir sempre em frente?
Fernanda Lessa