Jornal DR1

Depois de um ano na Série Ouro, o Império Serrano volta à elite do carnaval carioca abrindo os desfiles do Grupo Especial.

 

 

Alex de Souza desenvolveu uma homenagem a Arlindo Cruz, nome que se confunde com Madureira, berço da escola, e promete emoção. “A emoção de um guerreiro, de um grande homem, dentro de uma grande escola”, sintetizou.

O ponto de partida do enredo é o hino “Meu Lugar”, em que Arlindo desfia seu amor por Madureira. “É totalmente descritivo do que é a vida do subúrbio, do carioca”, definiu.

Lugares de Arlindo

Autores: Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Rubens Gordinho e Ambrósio Aurélio

Intérprete: Ito Melodia

 

Acorde partideiro sem igual, nascia então, um samba do seu jeito

Reluz feito candeia, imortal, o compositor, sambista perfeito

Levada de tantã, banjo e repique, poesia de um cacique, malandragem deu lição

Inspiração de ventre ancestral, o dueto, a patente vêm do fundo do quintal

Na boêmia, no subúrbio, na viela… O seu nome é favela: Madureira

Dagô, dagô saravá, obá kaô

O brado que traz justiça, faz a vida recompor

 

Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar

O show do artista vai continuar

Morando nos sambas que você fez pra mim

Imperiano sim!

No verso que aflora

Giram os sonhos da porta-bandeira

O amor de Orfeu melodia namora

Serrinha é teu canto pra vida inteira

 

Dagô, dagô, é a lua de Aruanda

A espada é de guerra, e Ogum vence demanda

 

Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar: lalaiá lalaiá laiá

Receba a gratidão, reizinho desse chão, aqui é o teu lugar

Uma porção de fé… O filho do verde-esperança nos conduz

Zambi da coroa imperial, abiaxé, Arlindo Cruz

 

Firma na palma da mão, tem alujá e agogô

Império de Jorge, oxê de Xangô

Laroyê epa babá

Há de roncar meu tambor

O verso de Arlindo, morada do amor

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