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Deus da Raça, Rondinelli relembra sua carreira e seu amor ao Flamengo

Quando se fala da Geração Zico, a memória dos flamenguistas já puxa por aquele esquadrão que conquistou o Brasil e o Mundo, com títulos e um futebol vistoso que é considerado por muitos um dos melhores times de todos os tempos. Além disso, nomes como o próprio Zico, Adílio, Andrade e Nunes sempre vem na memória do torcedor brasileira, seja flamenguista ou não. Porém, um camisa 3 daquela equipe nunca será esquecido. Com a alcunha da torcida Deus da Raça, Rondinelli conquistou os rubro-negros com sua raça e disposição deixada dentro de campo. Não à toa, o paulista de São José do Rio Pardo, que chegou ao Flamengo ainda nas categorias de base, é lembrado por quem vivenciou aquele esquadrão.

Aos 66 anos, o Deus da Raça hoje cuida de seus negócios em Cabo Frio, na Região dos Lagos, mas está sempre de perto acompanhando o Rubro-Negro. Em entrevista exclusiva ao Jornal DR1, Rondinelli relembrou sua trajetória e fez apostas para a Seleção Brasileira em 2022, na qual já foi convocado. Confira o bate-papo.

Jornal DR1 – Como foi fazer parte da Geração Zico?
Rondinelli – Foi memorável e gratificante, um grupo de jovens voltados a crescer profissionalmente. Chegamos juntos. Um grupo de jovens voltado a crescer profissionalmente. Tem uma base desde os 13, 14 anos. Essa Geração Zico realmente nos orgulhou em fazer uma história, desde o infantil e nas oportunidades que tivemos para galgar a equipe profissional. Não só nós atletas, mas também por todos aqueles que nos orientaram como treinadores e ex-profissionais, que deram sua contribuição para o nosso crescimento.

Jornal DR1 – Quais os grandes sonhos realizados no futebol?
Rondinelli –  Para um garoto do interior que não tinha as  mínimas condições de alçar voos altos, em relação a conhecer alguns estados do Brasil e logo depois, tive a capacidade de tudo o que o Flamengo me proporcionou. Conheci as Américas, Europa e alguns países do Oriente. Fomos campeões no Japão. Amizade relações que essa sigla juntamente com todo mundo que estava lá me deu muita coisa. Tivemos oportunidade de ser orientados por gente que fez muito bem e foi gratificante. Tudo que tenho como grandeza e experiência e conhecimento de outros lugares é graças ao Flamengo, a essa sigla que me deu tudo isso e me ajudou a escrever essa história maravilhosa, desde a base ao profissional.

Jornal DR1 –  O que o Flamengo trouxe para sua vida ?
Rondinelli – O Clube de Regatas Flamengo foi o que em relação a minha vida de jovem e profissional. Tudo que tenho hoje devo ao clube e meus parceiros de trabalhos da época. Aos torcedores pelo reconhecimento que conquistamos, através desta agremiação. Esse clube é minha paixão. Tudo o que ele me devolveu em realização profissionais. Muito gratificante estar expondo e confirmando toda essa grandeza em relação ao ser-humano que sou e ter essa disponibilidade de estar convivendo com meus ex-colegas da profissão e grandes amigos. O futebol foi minha vida, desde criança de São José do Rio Pardo até chegar ao Rio de Janeiro.

Jornal DR1 – Como estão os projetos atuais ?
Rondinelli – Graças a Deus tudo aquilo que consegui conquistar em termos de projetos e alianças com aquilo que trabalho hoje, por tudo o que a gente vem passando hoje, depois desse ataque de pandemia mundial. Restringiram uma série de situações em relação a nossa vida, mas tenho que agradecer e muito a Deus por tudo que ele me proporcionou até nas dificuldades tirando proveito para crescer a aceitar aquilo que pode ocorrer dos contratempos da vida terrena. Jamais posso reclamar e resmungar em relação a tudo aquilo que tenho vivido e que a gente tem aprendido a conviver nas adversidades. Só sei agradecer e pedir sempre a benção por estar caminhando e tendo a minha saúde e todas as pessoas queridas.

Jornal DR1 – Acredita nessa Seleção Brasileira para a Copa do Mundo?
Rondinelli – Nós temos que acreditar nessa Seleção. Somos brasileiros. Hoje sou torcedor e já tive o privilégio de ser selecionado na época amadora na minha profissão. Depois na profissional também fui convocado pelo saudoso Cláudio Coutinho, o Capitão, logo após o reconhecimento do Telê Santana, Antoninho nas seleções de base. Nessa atual temos que apostar em relação a tudo aquilo que a comissão técnica exige e tem feito pela Seleção Brasileira. Esperamos grandes jogos, conquistas porque o Brasileiro é realmente apaixonado por esse esporte, como se dizia naquela época antiga de Nelson Rodrigues, grandes jornalistas diziam que o Brasil precisa demonstrar essa paixão que o povo tem por ela. Vamos aguardar.

Jornal DR1 – Te faltou algo na carreira ?
Rondinelli – Não faltou nada na minha vida profissional, nessa carreira tive o privilégio de estar com Arthur Antunes Coimbra (Zico) e os colegas da profissão. Sou abençoado por Deus, como já disse, em poder conviver com grandes parceiros e amigos que me fizeram me tornar uma pessoa melhor e espero também que naquele pouco que tiraram de mim, tenham aproveitado para tirar algo de bem que tenha deixado no coração deles.

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