Nesta sexta-feira, 6 de junho, é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma data que destaca a relevância da triagem neonatal para a saúde dos recém-nascidos brasileiros. O exame, realizado a partir de gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê entre o 3º e o 5º dia de vida, é fundamental para detectar precocemente doenças genéticas e metabólicas que, se não tratadas a tempo, podem comprometer o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança.
Instituído pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) em 2001, o Teste do Pezinho é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível em mais de 26 mil pontos de coleta em todo o país, incluindo unidades de saúde, maternidades e comunidades indígenas e quilombolas.
Entre 2012 e 2017, mais de 17 mil recém-nascidos foram diagnosticados com alguma das doenças detectáveis pelo teste. A detecção precoce dessas condições permite o início imediato do tratamento, prevenindo sequelas graves e até mesmo óbitos.
Apesar da eficácia comprovada, a cobertura do teste ainda apresenta desigualdades regionais. Estudos indicam que a prevalência de realização do exame é de 96,5% no Brasil, sendo maior nas regiões Sul e Sudeste e entre famílias com maior renda e acesso a planos de saúde. Além disso, em algumas áreas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, a coleta é realizada de forma tardia, o que pode comprometer a efetividade do diagnóstico e tratamento.
Para garantir a eficácia do programa, é essencial que os responsáveis levem os recém-nascidos para realizar o Teste do Pezinho dentro do prazo recomendado e busquem os resultados posteriormente. Em caso de resultados alterados, o sistema de saúde realiza uma busca ativa para reconvocar a família e iniciar os exames confirmatórios e o tratamento adequado.
O Teste do Pezinho é um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e representa um investimento na saúde e no futuro das crianças brasileiras. A conscientização sobre sua importância e a ampliação do acesso são fundamentais para garantir que todos os recém-nascidos tenham a chance de um desenvolvimento saudável.