O ano de 2025 registrou casos alarmantes de violência contra a mulher, reforçando a urgência de políticas públicas eficazes e do ativismo social. Durante os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, campanhas em todo o país destacaram a necessidade de conscientização, denúncia e proteção. No entanto, tragédias recentes mostram que a luta ainda está longe de ser vencida.
Em São Paulo, Maria Katiane Gomes da Silva, de 24 anos, foi jogada do 10º andar de um prédio pelo namorado. Câmeras do edifício registraram agressões físicas e tentativa de estrangulamento antes da queda fatal. O suspeito, Alex Leandro Bispo dos Santos, de 40 anos, foi preso temporariamente.
Outro caso chocante envolve Taynara Souza Santos, de 31 anos, que perdeu as duas pernas após ser arrastada por cerca de 1 km pelo ex-companheiro na Marginal Tietê. O crime, investigado como tentativa de feminicídio, resultou na prisão do autor.
Em Recife, a tragédia atingiu proporções ainda maiores. Isabely Gomes de Macedo, de 40 anos, e seus quatro filhos, Aline (7), Adriel (4), Aguinaldo (3) e Ariel (1), morreram em incêndio criminoso. O principal suspeito é o marido da vítima, Aguinaldo José Alves, preso em flagrante. Vizinhos relataram que Isabely já sofria violência doméstica e havia manifestado desejo de se separar.
Em meio a essas tragédias, 2025 também trouxe avanços legislativos com a Lei nº 14.944/24, que modernizou o enfrentamento do feminicídio. A lei prevê aumento de pena para crimes cometidos em contexto de violência doméstica, tipifica novas formas de feminicídio, incluindo psicológico, patrimonial e digital e estabelece medidas protetivas mais ágeis, como restrição de aproximação e monitoramento eletrônico do agressor. Além disso, a legislação prevê programas de prevenção e acompanhamento para mulheres em situação de risco, com integração entre Justiça, Segurança Pública, Saúde e Assistência Social.
O balanço de 2025 mostra que, apesar do ativismo crescente e das novas medidas legais, a realidade da violência contra a mulher continua alarmante. É urgente que toda a sociedade se mobilize, denuncie, proteja e eduque. Casos como os de Maria Katiane, Taynara e Isabely evidenciam que a prevenção não pode esperar. O ativismo, a informação e a ação coletiva são essenciais para salvar vidas e garantir dignidade às mulheres.



