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Direto ao Ponto: Evanildo Bechara, o maior filólogo brasileiro completa 96 anos

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Não sei vocês, caros leitores, mas eu não tenho contato com pessoas que tenham noventa e seis anos de idade e ainda estejam tão atuantes como meu querido professor Evanildo Bechara, cujo aniversário, com direito à festa-surpresa, foi comemorado antecipadamente no dia 25 de fevereiro, embora a data de nascimento desse gênio pernambucano seja dia 26. Será uma dádiva de Deus concedida a pessoas privilegiadas, como Evanildo Cavalcante Bechara, um homem dotado de excelência intelectual e de carisma pessoal? Certamente! Segundo o prof. Dr. Ricardo Cavaliere (meu orientador de Doutorado), sempre há uma palavra de consenso dada pelo ilustre amigo nas rodas de conversas ocorridas no Liceu Literário Português. Acrescente-se a isso a fala do saudoso professor Rosalvo do Valle, que atuou no Liceu com a Coordenação do amigo Bechara. Rosalvo afirmava o seguinte: “Gostar do Bechara é fácil”. Preciso concordar com ele e enfatizar que é deveras fácil, pelo fato de quem o conhece e com ele convive reconhecer a singularidade desse grande e aclamado imortal cujo carisma o faz ser sempre ouvido com atenção. O que motiva essa sua capacidade? Cavaliere, em um discurso feito no Grande Prêmio PEN Clube 2023 dado a Bechara, em 12 de janeiro de 2024, teceu suas considerações, relatando o porquê da capacidade ímpar do nobre amigo. Foram palavras que emocionaram os presentes. Nessa data, a CEO deste Jornal DR1 Ana Campelo esteve presente, e nosso repórter Vitor Chimento entrevistou o homenageado. Vitor aproveitou para dar voz a nós, Becharetes! Sim, meus caros, além de mim há Cristiane Cardoso, revisora da Academia Brasileira de Letras, assistente de nosso amado professor e minha amiga com a qual divido a presidência do Fã-clube As Becharetes.

Sem sombra de dúvidas, o que fica dessa trajetória de vida é a vitalidade desse expoente acadêmico e o exemplo de ser humano. No dia 25, no decorrer da festividade, decidi fazer uma célere entrevista com o aniversariante.

Aqui a transcrevo. “Professor, como é fazer 96 anos?”

“Fazer 96 anos é como mais um aniversário nessa jornada admirável dessa minha passagem na vida aqui na Terra ao lado de meus parentes e dos meus alunos, que são os meus melhores amigos”.

“Feliz, professor?” “Felicíssimo”.

Ao indagar “o que se leva dessa vida?”, obtive a seguinte resposta: “Muitas saudades … dos amigos, dos meus alunos, dos meus professores, dos meus colegas, de todos que tive a sorte de ter entre amigos”. Também a ele perguntei “o que a gente pode esperar do futuro?”.

Sua resposta foi “Tudo. Desde que, para isso, se trabalhe honestamente.”

“E nossa Língua Portuguesa?” “Será muito bem aprendida com os professores dedicados como nós conhecemos”. Finalizando, pedi uma mensagem ao seu Fã-clube: “Posso dizer aos meus amigos do Fã-clube que levem a minha mensagem de amizade e de carinho.” Diante dessas falas, recheadas de sabedoria e de muito amor, ele declarou:

“Eu me comprometo a ser uma guardiã da Língua Portuguesa.”

E isso farei hoje e sempre em homenagem ao meu ídolo e mentor Evanildo Bechara, que chegará facilmente aos cem anos!