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Dor e resistência após terremoto no Afeganistão

Mat 01 AP-Photo-Siddiqullah-Alizai

Entre ruínas, famílias procuram parentes desaparecidos enquanto recebem ajuda emergencialO terremoto que atingiu o Afeganistão na última segunda-feira (1º) transformou vilarejos inteiros em montanhas de escombros. Entre os destroços, famílias buscam por parentes desaparecidos e resgatistas se revezam na tentativa de salvar vidas. O cenário é de luto e incerteza, mas também de solidariedade entre os que sobreviveram.Casas em silêncio“Perdi minha casa e meus vizinhos. Agora só resta silêncio onde havia vida”, relatou um morador, enquanto observava os trabalhos de remoção de escombros. Histórias como a dele se repetem por todo o país, em comunidades que foram quase apagadas pelo tremor. Crianças, idosos e mulheres caminham entre ruínas, muitas vezes sem saber onde passarão a noite.Ajuda improvisadaSegundo o porta-voz do Talibã, Hamdullah Fitrat, tendas foram erguidas para os desabrigados, e suprimentos de emergência começaram a ser distribuídos. Voluntários locais se somaram às equipes de resgate, oferecendo água, pão e roupas. Apesar dos esforços, a demanda por cuidados médicos e alimentos é muito maior do que a capacidade imediata de resposta.Força na adversidadeMesmo em meio à destruição, relatos de solidariedade chamam atenção. Vizinhos dividem o pouco que têm, crianças ajudam a carregar caixas de água e médicos trabalham sem descanso para atender os feridos. “Estamos unidos pela dor, mas também pela esperança de recomeçar”, disse um líder comunitário.Um país frágil diante de tragédiasO Afeganistão, marcado por anos de conflitos, convive com limitações severas em infraestrutura e serviços de emergência, o que torna a recuperação mais lenta e dolorosa. Ainda assim, a população tenta se reerguer diante do que restou, reconstruindo não apenas casas, mas também laços e memórias.

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