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Dos canteiros da vida com borbulhas de amor: Fagner

Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner é de Icó, e nasceu em 13 de outubro de 1949. É um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará.

Nascido em Orós, que à época era distrito de Icó, interior do Ceará, cidade onde cresceu, passou a infância e ainda visita regularmente.

É o mais jovem dos cinco filhos de José Fares Haddad Lupus, imigrante libanês, e Francisca Cândido Lopes.

Aos seis anos ganhou um concurso infantil na rádio local, cantando uma canção em homenagem ao dia das mães. Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música “Nada Sou”, parceria sua com Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado em 1969, após comparecer em programas televisivos de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra, o grupo ficou conhecido como “o pessoal do Ceará”. Também no ano de 1969, após ganhar o ‘I Festival de Música Popular do Ceará – Aqui no Canto’, Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cistina, foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada.

A carreira nacional de Fagner começou de forma bastante imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura na Universidade de Brasília, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com “Mucuripe” (parceria com Belchior), e classificou-se em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu menção honrosa e prêmio de melhor intérprete com “Cavalo Ferro” (parceria com Ricardo Bezerra) e sexto lugar com a música “Manera Fru Fru, Manera” (também com Ricardo Bezerra). A partir de então, Fagner conseguiu despertar a atenção da imprensa do Sudeste, sendo suas canções intensamente executadas em bares.

Em 2001, gravou o álbum que tem o título apenas de Fagner. Tem canções em parceria com Zeca Baleiro, Fausto Nilo, Abel Silva e Cazuza. A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu em 2003 um álbum de estúdio e um DVD ao vivo com o título “Raimundo Fagner & Zeca Baleiro” além de uma série de shows pelo Brasil. Em 2004, pela Indie Records, Fagner lançou o álbum Donos do Brasil. O Penúltimo disco lançado por Fagner foi Fortaleza, em 2007.Posteriormente lançou “Uma canção no Rádio” contendo nova parceria com Zeca Baleiro em 2009.

Em 2007 em entrevista a revista QUEM, Fagner assume que já teve relacionamentos com homens. Questionado quanto a ser bissexual ele deixa claro que não gosta de rótulos.

Em 2011 Fagner foi considerado um dos 30 cearenses mais influentes do ano, de acordo com uma enquete realizada pela revista Fale!

Em dezembro de 2020 inaugura parceria com a gravadora Biscoito Fino e lança o disco Serenata, uma seleção de serestas e clássicos da música popular gravados originalmente por grandes vozes da Era do Rádio. A música título revelou a colaboração especialíssima de Fagner com Nelson Gonçalves, feita com ajuda da tecnologia, tendo como base a voz original da gravação que Nelson lançou em 1991.

O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina, principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes Sosa.

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