Por Alessandro Monteiro
Uma cidade que clama pelos benefícios básicos de sobrevivência tais como: Educação, Saúde e Segurança, o Rio de Janeiro vive o câncer da corrupção e o desleixo público. Abandonada, suja e cheia de mazelas, a cidade nada e morre na mesma praia que é cenário de cartão postal mundo a fora.
Setembro quase indo e na última semana, os partidos anunciaram listagem de seus candidatos. Até o fechamento desta edição, já tinham sido anunciados 14 candidatos. Diante de toda situação vivenciada nos últimos dias, é difícil acreditar de fato, numa boa vontade. Parece mesmo, é que todos querem morder um pouquinho a máquina pública.
Analisando a vida pública de cada um, dificilmente conseguimos encontrar algo positivo que venha agregar soluções práticas à cidade. Nos discursos ainda não oficiais nas redes sociais, cada qual, tenta vender seu peixe, com soluções milagrosas que irão gerar efeito zero, no caos que vivemos.
Numa retrospectiva rápida, o filme se repete e lá na frente, as legendas se misturam diante dos acordos que sempre geram algum tipo de vantagem aos envolvidos. Hoje vivemos um histórico de corrupção, que coloca cidadãos e trabalhadores da cidade quase beirando o estado de miséria.
Impossível acreditar ainda que dentre os 14, embora alguns tenham uma boa presença dentro daquilo que se comprometeram realizar em suas atividades, outros tem a ficha carimbada por crimes de responsabilidade, desvio de verba pública, corrupção, licitações e muita lavagem de dinheiro. O fato é que não temos opção de voto, de mudança e libertação para uma cidade que um dia foi chamada de maravilhosa.
Nas próximas edições, vamos trazer o perfil individual de cada um, suas trajetórias e propostas de governo, para que o leitor conseguia ter um pouco mais de conhecimento sobre que rumo tomar, nas eleições 2020, que em razão da pandemia, terá o primeiro turno em 15 de novembro, e o segundo, 29 de novembro.
Conheça os pré-candidatos à Prefeitura do Rio
Marcelo Crivella (Republicanos)
Engenheiro e atual prefeito do Rio. Já sofreu dois pedidos de impeachment por denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e beneficiar políticos ligados a Igreja Universal do Reino de Deus. No último dia 20, foi julgado pelo TRE, porém o julgamento foi interrompido no final e adiado para o próximo dia 24, para que seja definido o destino de Marcelo Crivella. Cinco desembargadores acompanharam o voto do desembargador relator, Cláudio Dell’Orto na votação para tornar Crivella Inelegível pelos próximos seis anos.
Martha Rocha (PDT)
Delegada aposentada, fraca na política e teve seu nome associado aos esquemas de Sérgio Cabral, por ter sido chefe da Polícia Civil.
Renata Souza (PSOL)
Militante da esquerda, com baixa popularidade, meses atrás, realizou um abaixo-assinado pedindo que Marcelo Freixo reconsiderasse a desistência de disputar a Prefeitura do Rio.
Eduardo Paes (DEM)
Foi prefeito de 2009 até 2017 e virou réu por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e forte esquema de caixa dois.
Luiz Lima (PSL)
Outro sem expressão, bolsonarista que tenta pegar carona ao nome do presidente. Mas atualmente, vem confrontando a família de Bolsonaro.
Eduardo Bandeira de Mello (Rede)
Ex-presidente do Flamengo, com boa gestão no clube, mas teve o nome associado às mortes dos jovens no Ninho do Urubu.
Glória Heloíza (PSC)
Ex-juíza, muito ligada ao carnaval, religiosa, mas já teve seu nome comprometido pelo uso da religião ou pelo que seria desapreço à adoção, com uma tendência por manter crianças com a família biológica.
Clarissa Garotinho (PROS)
Conhecida pelo temperamento explosivo, é filha de Garotinho e Rosinha, ambos envolvidos em escândalos e corrupção, prisões, superfaturamento e forte envolvimento com a Odebrecht.
Fred Luz (Novo)
Ex-CEO do Flamengo, deve usar a máquina do Flamengo para impulsionar a campanha, apesar à inexperiência política e baixa popularidade.
Paulo Messina (MDB)
Ex-secretário da Casa Civil de Crivella, ele sustenta que tem experiência administrativa e que não há investigações contra ele no suposto esquema de corrupção na prefeitura.
Benedita da Silva (PT)
Como deputada, tem histórico de pouca atuação e tida como esquenta cadeira, apesar do apoio conquistado com o Pc do B, tem imagem desgastada por associação ao PT e a fragilidade do partido.
Cyro Garcia (PSTU)
Bancário e professor universitário foi dirigente do Sindicato dos Bancários e presidente da entidade por dois anos. Até o momento, não possui arranhões políticos.
Cristiane Brasil (PTB)
Ex-deputada federal, filha de Roberto Jefferson, ambos conhecidos e com trajetória política envolvida em escândalos, a candidata está presa desde o dia 11 de setembro sob acusação de receber propina em dinheiro. No último dia 21, o PTB desistiu da sua candidatura, porém, a Lei da Ficha Limpa só prevê a proibição para condenados por órgão do colegiado, o que não é o caso dela. Até o fechamento desta edição, não houve nenhum comunicado de desistência por parte, de Cristiane.
Henrique Simonard (PCO)
É integrante do Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO), é coordenador da Aliança da Juventude Revolucionária. Conhecido também por seu temperamento, forte, explosivo e bastante revolucionário.
Suêd Haidar (PMB)
É presidente nacional do Partido da Mulher Brasileira (PMB), maranhense de 61 anos, mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 1970. Nas últimas eleições, ela foi candidata à deputada federal pelo estado do Rio, obtendo 5.279.