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Elza Soares morre aos 91 anos

Elza Soares morreu aos 91 anos nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro. A cantora e compositora em sua casa por causas naturais.

A cantora faleceu na mesma data que Mané Garrincha, com quem teve um relacionamento por 17 anos. O craque do Botafogo e bicampeão mundial pela seleção brasileira também morreu no dia 20 de janeiro, mas quase 40 anos antes: em 1983. Elza e Garrincha tiveram um filho em 9 de julho de 1976: Manoel Francisco dos Santos Júnior, o Garrinchinha. Aos 9 anos, a criança morreu em um acidente de carro.

Dona de uma voz rouca e marcante, Elza da Conceição Soares nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, filha de um operário com uma lavadeira. Elza Soares se tornou referência para mulher negra, é símbolo de força e resistência.

Com apenas 12 anos, Elza teve sua infância interrompida sendo obrigada a casar. Para sobreviver, trabalhou como encaixotando pacotes em uma fábrica de sabão. A jovem menina aos 15 anos, perdeu o seu segundo filho. Logo, o casamento foi  interrompido com a morte do marido, deixando a cantora viúva aos 21 anos. E aos 27, já era mãe de cinco crianças.

Após experiência de violência doméstica, surgiu a canção Maria da Vila Matilde, onde a cantora afirma: “cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”. Elza Soares iniciou a vida artística em 1953, ao fazer o seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa de calouros Ary Barroso, conquistando o primeiro lugar.

Em 1959 foi contratada para trabalhar na Rádio Vera Cruz. E iniciou os anos 60, atuando no Festival Nacional da Bossa Nova. Três anos mais tarde, a brilhante artista se tornou representante do Brasil na Copa do mundo no Chile.

Elza Gomes da Conceição era considerada uma das maiores cantoras da música brasileira. A carreira no samba começou no final dos anos 50. O início veio como parte da cena do sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse”, em 1959.

Em seu último álbum “A mulher do fim do mundo”, em 2015, a cantora viveu mais uma fase de renascimento artístico. E fez um pedido no verso da música que batiza o álbum “Me deixem cantar até o fim”, pediu.

A cantora seguia realizando shows até antes da pandemia da Covid-19, e participando de lives. E ainda, estava produzindo um novo álbum de estúdio que pode ter lançamento futuramente.

Nesta semana, Elza também se apresentou em shows no Theatro Municipal de São Paulo onde foram gravados para o lançamento de um DVD.

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