O ex-policial militar aponta Domingos Brazão como mandante do crime
O ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Como a colaboração dele está no STJ (Superior Tribunal de Justiça), há suspeita de que o mandante do crime tenha foro privilegiado.
Além de Lessa, Élcio de Queiroz, que dirigia o carro com Ronnie Lessa no momento do assassinato de Marielle, havia citado, no ano passado, o nome de Domingos Brazão no envolvimento do caso. A suspeita é a de que Ronnie também tenha mencionado o nome de Brazão, já que ele tem foro.
Anteriormente, Brazão foi alvo de investigação conduzida pela DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) por interferir nas apurações do caso.
O conselheiro, ao ser procurado pelo jornal O Globo, expressou sua confiança no sistema judiciário e manifestou o desejo de que o caso da morte da ex-vereadora Marielle seja esclarecido o quanto antes.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o caso será concluído até março desse ano.
Marielle e Anderson foram mortos a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, na região central do Rio de Janeiro. A vereadora, que tinha acabado de sair de um evento no centro da cidade, foi vítima de quatro tiros na cabeça, enquanto Anderson, que a acompanhava, recebeu três tiros nas costas. Ambos não sobreviveram aos ferimentos.