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Empreendedorismo na pandemia: Número de restaurantes cresce 60,9% no Rio

A pandemia gerou uma crise de saúde mundial e afetou a economia de todos os países de uma forma sem precedentes. Só que mesmo num cenário tão delicado, em que centenas de empresas fecharam as portas, muita gente decidiu ousar e abrir o próprio negócio no Rio.

Um levantamento do Sebrae mostra que o número de micro e pequenas empresas na capital aumentou 6% no conturbado ano de 2020.

O chef José Santana Neto e a esposa, Valéria Costa, foram alguns dos que decidiram empreender, mesmo com riscos e desafios. Paraenses de corações cariocas, abriram o restaurante “Quitanda 03”, no centro do Rio, com as mesmas características do que mantinham em Belém, e que foi fechado na pandemia.

“A gente decidiu sair de Belém e abrir o restaurante aqui no Rio para tentar um pouco de qualidade de vida, além do trabalho. Como é uma cidade que eu gosto muito, uma cidade turista, que tem potencial de empreender muito maior, a gente resolveu voltar. Eu morei aqui uns 12 anos, depois saí e agora voltei novamente”, destaca Santana, que também fechou na capital paraense uma escola de dança de salão, outra de suas paixões.

Em todo o estado do Rio, foram abertos 10.334 restaurantes em 2020, 60,9% a mais que 2019. O preço dos aluguéis caiu na pandemia e houve maior oferta de mão de obra, com o desemprego, e muita gente enxergou nesse cenário uma oportunidade para empreender.

O restaurante do Santana e da Valéria, que tem outra sócia do Rio, fica na Rua da Quitanda, nº 3, perto da praça Mário Lago, e abre de segunda a sexta, das 11h30 às 15h. O cardápio é bem variado, com preços que vão de R$ 15 a R$ 100, para agradar todos os bolsos. O serviço é à la carte, com pratos executivos ou combinados, conforme o gosto dos clientes, que ainda têm a opção de delivery via iFood.

Um dos pratos servidos no local é filé de peixe ao creme de camarão com ervas. (Foto: Divulgação)

O espaço comporta 140 lugares, mas por causa da pandemia opera só com 50% da capacidade. É feita a aferição de temperatura dos clientes e disponibilizado álcool em gel. O preparo dos alimentos também segue um rigoroso protocolo de higiene. Além disso, o almoço ainda ganha um toque especial com um fundo musical, com repertórios de jazz e MPB. Tudo para agradar e fidelizar a clientela em tempos tão difíceis.

“A gente faz pesquisa com os clientes pra saber o que estão achando. A gente presta um serviço bem diferenciado no que diz respeito a atendimento muito pessoal. Conhecemos o cliente pelo nome, sabemos quais as necessidades dele”, diz Santana.

As coisas ainda estão complicadas para os sócios por causa do atual cenário econômico, mas eles têm esperança de dias melhores e planos de ousar ainda mais. Santana diz que pensam futuramente em ampliar o horário de atendimento e abrir uma clínica para a esposa, que também é fisioterapeuta.

“Eu penso que assim que isso tudo passar, a gente vai ter um boom na questão de negócios, tanto de alimentação como outros. A gente tem que ter um pouco de fé e imaginar que daqui a um tempo, principalmente agora com a vacina, venha a melhorar”.

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