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Equoterapia, um método que coloca as pessoas em sintonia com a natureza

As pessoas que tem ou já tiveram algum animal de estimação sabem que a convivência com os animais pode trazer diversos benefícios à saúde. Eles constituem um instrumento eficaz para romper possíveis barreiras. As terapias com animais, utilizados cada vez mais, facilitam a expressão das emoções, a sensibilidade, o amor sem apego, o compartilhamento de experiências e pertences, o desenvolvimento físico, psíquico, social dos pacientes e na redução da ansiedade, do estresse, da letargia e dos sintomas da depressão.

A equoterapia e um desses métodos que, apesar de ser ainda pouco conhecido, tem sido de grande importância no tratamento de pessoas com algum tipo de deficiência ou portadoras de alguma necessidade especial. Uma forma de reabilitação, segura e eficaz, que utiliza cavalos e as técnicas de equitação. Conseguindo assim trabalhar em diversas frentes, ajudando nos aspectos motores, cognitivos e comportamentais. O tratamento é desenvolvido em diferentes fases, dependendo do tipo de necessidade especial. Para o autismo, por exemplo, são quatro: aproximação, descoberta, aprendizado e ruptura. O cavalo atua como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico.

Uma atividade que exige a participação do corpo inteiro, contribuindo para o desenvolvimento da força muscular, do relaxamento, da conscientização do próprio corpo, do aperfeiçoamento, da coordenação motora, do equilíbrio, da autoestima, da percepção visual, auditiva e da memória, além da diminuição da agressividade e do aumento da sociabilidade.

Ciente na necessidade de inovar na qualidade e no atendimento da saúde no município, que o prefeito de Miguel Pereira, André Português, e sua equipe de Saúde desenvolvem inúmeros projetos e benfeitorias na estrutura de atendimento da saúde e bem-estar da população. Uma dessas inovações foi a implantação do Centro de Equoterapia Municipal, que disponibiliza atendimento gratuito a jovens e adultos moradores da cidade que possuem necessidades especiais, portadores de diferentes diagnósticos ambulatoriais e pessoas com déficit de aprendizagem e em situação de vulnerabilidade.

O trabalho exige uma equipe multidisciplinar, composta por médicos veterinários, psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, equitadores, auxiliares guias e tratadores, todos capacitados para escolher o método adequado para cada tipo de necessidade, acompanhar as atividades e o bem-estar dos pacientes e dos animais.
A equoterapia não se trata de um método que substitui terapias e tratamentos convencionais, mas um complemento, uma nova linha de pesquisa em atenção à diversidade, para melhorar a qualidade de vida das pessoas que, na maioria das vezes, são ignoradas pela sociedade.

Vitor Chimento, biólogo e jornalista
MTb 38582RJ
vitor.chimento@diariodorio.com.br

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