Ponto tradicional de comércio foi dizimado por um incêndio em dezembro de 2023

No começo de dezembro de 2023, um incêndio causado por uma explosão de um transformador de energia, que praticamente destruiu a Galeria do Condor, um importante ponto comercial no Largo do Machado, zona sul do Rio. A galeria, composta por lojistas, empresas de pequeno porte e escritórios de serviços, funcionava a mais de vinte anos e não resistiu tamanha destruição causada pelo fogo, cuja explosão durante a madrugada chegou a assustar moradores, que chegaram a pensar que vinha do metrô da região.

O dia seguinte ao incêndio foi de desolação para os comerciantes. Suas lojas estavam reduzidas a cinzas, o dano havia sido total, tudo quanto era equipamento ou produtos estavam destruídos e inutilizados. Alguns dos lojistas tiveram o prejuízo de mais 1,5 milhões de reais. Mas é em momentos de desolação como este que a bondade floresce em meio às cinzas. Principalmente, no coração das crianças.

Cerca de 100 metros separam o Colégio Franco, em Laranjeiras, da Galeria Condor, no Largo Machado. Mas, no quesito solidariedade, a escola mostrou que está muito mais próxima desse centro comercial. Em cinco dias, mesmo em pleno recesso escolar, o Franco arrecadou pouco mais de 30 quilos de artigos de cesta básica, como arroz, feijão e açúcar, para vítimas do incêndio, para funcionários da Sapataria Stivali, que foi destruída pelo fogo.

A campanha foi uma iniciativa da educadora e microempresária Joelma Saroto, mãe de duas alunas do Franco, as gêmeas Olivia e Cristiana, de 11 anos, que vão estudar no 7º ano em 2024.

— No dia do incêndio, eu estava próxima dali, com minhas filhas, em um salão. Como todo ano promovo campanhas em solidariedade a asilos e lares temporários de atendimento às famílias de crianças com câncer, surgiu a vontade de ajudar as famílias. E logo pensei em fazer uma parceria com o Franco — explica Joelma.

O belo gesto de solidariedade da mãe de Olivia e Cristiana fechou com chave de ouro o primeiro ano das duas alunas no tradicional colégio em Laranjeiras.

— Tenho certeza de que foi o primeiro ano de muitos. Todas nós estamos muito felizes com elas no Franco – destaca a microempresária, que comercializa produtos artesanais, como queijos canastra, quiches e empadões, além de cosméticos.

Joelma destaca os diferenciais que encontrou na escola:

— Um deles é o calor humano que recebemos no Franco, desde a primeira visita. Minhas filhas se apaixonaram logo pela estrutura física e se encantaram com os professores. Aqui as sinto seguras e felizes. Vejo o Franco como uma grande família, amorosa, acolhedora, carinhosa, responsável e amiga. E ocupa um espaço importantíssimo na vida de cada criança, não só na construção do conhecimento, mas, também, no desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais essenciais, assim como autoconhecimento e consciência de seu papel na sociedade. E, também, desperta novos desafios, uma educação humanista, com uma excelência na qualidade de ensino – enumera a mãe de Olivia e Cristiana.

Joelma  também destaca outra característica que faz toda a diferença no colégio:

— Quando os funcionários estão felizes e trabalham com amor, a escola é feliz e, consequentemente, deixa nossas crianças felizes. Não troco o Franco por nada!