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Esporotricose não é doença do gato

 

Por Andréa Lambert*

O gato a cada dia tem conquistado o coração de muitos que procuram um bichinho de estimação e para fazer parte da família. Entretanto, tem certos cuidados específicos da espécie para mantê-lo feliz e saudável, como evitar as chamadas saidinhas que, erroneamente, muitos tutores acreditam ser para o bem do animal. O gato ao sair de casa e passear corre vários riscos, desde acidentes, envenenamento e até adquirir doenças.

Uma delas é a esporotricose e, devido o preconceito de muitos, tem levado ao abandono e morte dos gatinhos. É importante passar a informação correta para a população, pois não se pode chamar a esporotricose de “doença do gato”.

O gato é simplesmente uma das espécies entre as muitas que adquirem esta doença. A esporotricose é uma doença na qual o agente é o fungo Sporothrixschenckii, encontrado em plantas. Esta doença é conhecida no meio acadêmico como “doença do jardineiro” por atingir profissionais que mexem com vegetação.

Muitas espécies, incluindo cavalos, gatos, cães, animais silvestres e o próprio homem, podem adquirir esta doença através de pequenos ferimentos no contato com plantas contaminadas. A infecção ocorre quando há inoculação do fungo no tecido subcutâneo por meio de pequenos traumatismos.

Além das plantas, o gato pode adquirir a doença em brigas com outros animais. Medidas devem ser tomadas para o controle de qualquer epidemia, medidas profiláticas e com atendimento adequado das pessoas e animais envolvidos, sem levar ao preconceito.

Como evitar a contaminação?

Uma maneira de evitar a contaminação dos gatos pela esporotricose é esterilizá-los para que não briguem, não saiam para a rua e não se infectem com plantas contaminadas com o fungo. A esporotricose tem cura. E quanto mais rápido for iniciado o tratamento, mais fácil ela é a cura.

Na cidade do Rio de Janeiro, o hospital da prefeitura Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman tem tratamento gratuito. Como há muita procura para atendimento, é recomendado chegar cedo. O endereço é Av. Bartolomeu de Gusmão, 1.120, em São Cristóvão.

Qualquer dúvida procure um veterinário de confiança.

* Veterinária atuante na proteção e em defesa dos direitos dos animais

Foto: Pixabay

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