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Ética e Cidadania: Tudo é uma questão de “petroquímica”

Foto:Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

O que leva um governo democrático a ser tolerante com um regime autoritário? Ou, no caminho inverso, um regime autocrático a ser mais amigável com um governo liberal? No primeiro caso, podemos olhar para a relação entre Brasil e Venezuela. Para evitar um desastre humanitário ainda maior, o Brasil entende que é preciso buscar uma saída diplomática e pacífica para lidar com o governo de Maduro. Já no segundo caso, entre Brasil e EUA, fica claro que uma postura mais amigável com o governo brasileiro pode trazer grandes vantagens econômicas para os americanos. Em ambos os cenários, quando os interesses práticos falam mais alto que os políticos, as diferenças entre os países acabam ficando em segundo plano, pelo menos por um tempo.

Na Venezuela, o governo de Maduro enfrenta eleições contestadas e não reconhecidas por vários países, enquanto os EUA justificam suas ações na região como combate ao narcotráfico. O Brasil, por sua vez, protesta contra essas intervenções. Há quem diga que, na verdade, o governo Trump usa isso como desculpa para derrubar Maduro e colocar as mãos nas gigantescas reservas de petróleo venezuelanas. Algo parecido acontece na relação entre os EUA e o Brasil. As tarifas impostas ao Brasil eram parte de uma estratégia política para pressionar em favor do ex-presidente Bolsonaro, mas, com sua condenação, Trump passou a focar em questões mais práticas, como o petróleo e os metais raros que o Brasil tem em abundância.

Já na relação entre Brasil e Venezuela, mesmo com as diferenças políticas entre os governos, Lula defende que a estabilidade de Maduro é importante. Ele acredita que conflitos armados só trariam mais problemas no cenário global. A crise na Venezuela já levou milhares de pessoas a fugirem para outros países, como o Brasil, por causa da fome, da falta de recursos e da insegurança. Qualquer instabilidade maior no governo venezuelano só pioraria essa situação.

No fim das contas, as relações entre países são sempre um jogo de interesses, onde política e economia se misturam. No caso de Brasil, Venezuela e Estados Unidos, fica claro que, mesmo com tantas diferenças ideológicas, os governos acabam deixando isso de lado para proteger seus próprios objetivos. Mas é importante lembrar que essas decisões precisam levar em conta os impactos humanitários e sociais, buscando soluções que ajudem a melhorar a vida das pessoas e garantir mais estabilidade no mundo.

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