Programação inclui espetáculos premiados, performances, cenas curtas, exposições e oficinas no Terreiro Contemporâneo, no centro do Rio
Celebrando a arte e cultura negra, o evento cultural multiartístico “Mostra do Impossível”, idealizado pela Confraria do Impossível, reúne artistas pretos que realizarão apresentações de espetáculos teatrais, curtas metragens, performances, exposições e oficinas artísticas. O evento começa na quinta-feira (23), às 18h, e se estenderá até o domingo (26). É gratuito e aberto ao público no Terreiro Contemporâneo, na região central da cidade do Rio de Janeiro. Esse projeto foi fomentado pelo Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023.
Entre os destaques desta edição da “Mostra do Impossível” estão espetáculos como “O Grande Dia,” indicado ao Prêmio Shell em 2023, “Menina Mojubá”, que em sua última temporada teve todos os ingressos esgotados, e “Euana,” baseado na literatura de Conceição Evaristo. Além disso, haverá a estreia da exposição permanente da Companhia Rubens Barbot de Teatro e Dança, homenageando o legado do grande baluarte da dança contemporânea negra, Rubens Barbot. Sendo asism, o projeto visa manter viva a ancestralidade e o legado do povo negro.
É uma mostra feita apenas por artistas, produtores e idealizadores negros, envolvendo mais de 100 artista independentes. Sendo assim, o projeto fomenta, reafirma e celebra a arte preta nacional e diaspórica, quebrando paradigmas raciais, além de expressar a multiplicidade do povo negro. André, fundador da Confraria do Impossível, destaca o que os motiva a realizar este evento, que já se encontra na quinta edição. “O principal objetivo é conseguir democratizar a arte negra e fazer com que ela se torne parte integrante do cotidiano cultural. Além disso, trazer de volta a cultura dos eventos gratuitos. Queremos formar um novo público e incentivar a ida aos centros culturais”, ressalta.
A “Mostra do Impossível” também abre espaço para novos artistas, incentivando uma nova geração de artistas negros. “A seleção dos artistas foi abrangente e inclusiva. Recebemos quase 100 propostas de vários lugares do Brasil, o que nos permitiu compreender o que está sendo produzido sobre a arte negra no país. Foi um processo muito interessante perceber que essa geração está se expondo e experimentando, abordando novos temas e explorando novas perspectivas”, reflete.
Para incentivar a participação do público, André enfatiza a importância de conhecer e valorizar os espaços culturais. “Incentive, engaje e também entenda a sua própria comunidade e os espaços coletivos que podem ser explorados. O Terreiro Contemporâneo é um lugar que traz muito esse diálogo com a arte periférica e abre espaço para novos artistas mostrarem seu trabalho. As pessoas podem esperar uma programação de muita qualidade e alto nível,” convida André.
CONFRARIA DO IMPOSSÍVEL
Atualmente, a Confraria do Impossível é uma empresa de arte negra, mas também sempre foi um grupo/coletivo artístico independente que realiza diversas atividades e produções importantes para a população no geral, trazendo cultura e educacao voltada para a descolonizacao do pensamento social e reeducação antirracista, além de naturalizar a arte em suas vidas por meio das vivencias obtidas atraves dos trabalhos de artistas negros. Além disso, a confraria é a mantenedora financeira e responsável pela administração, gestão e curadoria do Terreiro Contemporâneo, Centro Cultural Negro, hoje referência e vencedor do Prêmio Shell de Teatro RJ na categoria Inovação (2020), por ser um quilombo cultural e abrigar grupos negros e periféricos.
SERVIÇO:
Local: Teatro Contemporâneo
Endereço: Rua Carlos de Carvalho, 53 – Centro
Datas: 23 a 26 de maio (de quinta a domingo)
Horários: 23 e 24 a partir das 18h; 25 a partir das 14h; 26 a partir das 15h
Ingressos: Gratuito e aberto ao público
Classificação etária Indicativa: 12 anos
PROGRAMAÇÃO
Quinta-feira, 23 de Maio
18:00 – Abertura do Espaço
18:30 – Abertura da Exposição Tabu (Foyer)
19:00 – Abertura da Exposição Cia Rubens Barbot (Sala Rubens Barbot)
19:30 – Apresentação de Teatro e Dança da Cia Rubens Barbot (Sala Rubens Barbot)
20:00 – Oficina AfroFunk com Taisa Machado (Sala Rubens Barbot)
21:20 – Encerramento com After Bar
Sexta-feira, 24 de Maio
18:00 – Abertura do Espaço e Exposições
19:00 – Mostra de Cenas e Performances
Encruzilhada Fêmea (Palco Foyer)
A Trajetória de Stella (Sala Rubens Barbot)
O Nome que a Gente Não Tem (Sala Rubens Barbot)
20:00 – Apresentação de Menina Mojubá (Teatro Chica Xavier)
21:00 – 21:30 – Mostra de Performances
Trilha Marginal.2, de Laís Castro (Sala Rubens Barbot)
Brasil Mostra a Sua Cara, de Renata Bronze (Palco Foyer)
21:30 – Encerramento com After Bar
Sábado, 25 de Maio
14:00 – Abertura do Espaço
15:00 – 17:00 – Oficina de Teatro Afrofuturista com André Lemos e Wayne Marinho (Sala Rubens Barbot)
18:00 – 19:45 – Mostra de Cenas e Performances
Quebrando Paradigmas, de Lucas Popeta (Sala Rubens Barbot)
O Estranho do Mar Aberto, de Jonathan Ferreira (Sala Rubens Barbot)
Palavra Poder Feminino, As Bambas (Palco Foyer)
20:00 – Apresentação de O Grande Dia (Teatro Chica Xavier)
21:30 – 22:00 – Mostra de Cenas e Performances
Memória de Origem, Grupo Investigações do Corpo Cênico (Sala Rubens Barbot)
Mater, de Debora Vaz (Palco Foyer)
22:00 – Encerramento com After Bar
Domingo, 26 de Maio
15:00 – Abertura da Casa
16:00 – 18:00 – Cineclube Atlântico Negro com Clementino Junior (Sala Rubens Barbot)
18:20 – Mostra de Cenas e Performances
Aonde o Rio Vai ou Quando o Rio Sobe, Albatroz Cia de Teatro (Sala Rubens Barbot)
Resistência BellyBlack (Palco Foyer)
19:00 – Apresentação de Eu-Ana (Teatro Chica Xavier)
21:00 – Encerramento com After Bar