Criminoso já havia sobrevivido a injeção letal em 2022; estava no corredor da morte há mais de vinte anos
Na noite de quinta-feira (25), Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, foi executado no estado do Alabama, nos Estados Unidos, através de um método inédito no país: asfixia por nitrogênio. Condenado por um homicídio, Smith foi declarado morto pela governadora do Alabama, Kay Ivey, por volta das 23h25, horário de Brasília.
O crime pelo qual Smith foi condenado ocorreu em 1988, quando brutalmente tirou a vida de Elizabeth Sennett, de 45 anos, a mando do marido da vítima, um pastor, que tirou a própria vida quando o cerco da investigação se fechou sobre ele. O assassinato resultou na condenação de Smith em 1996.
A execução inovadora gerou questionamentos e controvérsias, marcando a primeira vez que o método da asfixia por nitrogênio foi utilizado nos EUA desde a implementação da injeção letal em 1982. Durante o procedimento, Smith, que sobreviveu a uma tentativa anterior de execução por injeção letal em 2022, foi submetido a uma máscara, inalando gás nitrogênio puro, levando à morte por falta de oxigênio.
Cinco jornalistas testemunharam a execução, descrevendo que o prisioneiro aparentava consciência por vários minutos, tremendo e se contorcendo na maca. Antes do procedimento, autoridades do Alabama previram que Smith ficaria inconsciente em menos de um minuto, mas a execução surpreendeu ao prolongar-se, enfrentando uma “respiração agoniante”.
O caso ganhou atenção internacional devido às tentativas de última hora dos advogados de Smith para impedir a execução. Apesar dos apelos à Suprema Corte dos EUA e alegações sobre a possibilidade de problemas com a máscara e risco de danos cerebrais, a decisão foi pela continuidade da execução.
Antes de sua morte, Smith fez uma declaração final, expressando que a humanidade estava retrocedendo com a aplicação do novo método. Seu último recado aos familiares foi: “Vou embora com amor, paz e luz.”
Mike Sennett, filho de Elizabeth Sennett, declarou após a execução que a justiça havia sido feita. O caso de Kenneth Eugene Smith se tornou um marco na história das execuções nos EUA, suscitando debates sobre métodos e questões éticas envolvidas no sistema de pena de morte.