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Exposição de fotos “Omulu, a Cura” está aberta na Cidade das Artes.

 

A exibição começa dia 17 de maio e vai até 30 de junho.

Começou ontem, dia 16 de maio de 2023, a exposição Omulu – A Cura, organizada pela OCEE, a sigla para Orixás, Cultura, Evolução e Essência. A exposição de fotos sobre os rituais de umbanda em terreiros é assinada pelo artista e fotógrafo Bendito Benedito e está em exibição na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, até o dia 30 de junho, de terça a domingo, das 10 ás 19 horas.

As fotos e a exposição são focadas em Omulu, orixá da saúde, da doença e da morte. Sua figura está sempre envolvida da cabeça aos pés em um manto feito de palha-da-costa, visando a ocultar as deformidades em seu corpo. Por causa disso, ele foi abandonado pela sua mãe Nanã, quando era ainda bebê, mas foi adotado por Iemanjá, que cuidou dele até sua idade adulta. Omolu anda sempre curvado, carregando o xaxará, um bastão feito de palha e conchas e a oferenda mais comum a sua homenagem é pipoca. Suas cores na Umbanda são Vermelho, Branco e Preto

Omulu, o orixá da cura.

No sincretismo com a religião católica, Omulu é muitas vezes é associado a São Lázaro, o santo que foi ressuscitado por Jesus Cristo mesmo após ter sido enterrado por vários dias. Os outros nomes do orixá são Obaluaiê e Xapanã e como seu poder é a cura, Omulu possui grande intervenção na vida humana ao dominar as áreas da enfermidade.

Portanto, as fotos feitas por Bendito Benedito são o retrato do ritual e das homenagens a este orixá que nos tempos de pandemia teve grande importância para a comunidade umbandista e do candomblé. A exposição também é uma conquista e um espaço para as religiões de matriz africana, tão marginalizadas e alvo de preconceito na sociedade.

Bendito Benedito, artista e fotógrafo

Curador da exposição, Robson de Paula, diz que o importante não é a tolerância ou a falta dela, mas sim o respeito. A tolerância pode ser uma escolha, mas o respeito tem ser quer o essencial. As religiões de matrizes africanas não tem ser toleradas e sim respeitas, por isso, a importância de ser uma exposição como a de Omulu em um espaço como a Cidade da Música.

Robson de Paula, curador da exposição

Omulu, a Cura é tem a produção de Emanuele Sanuto, seu cenário montado pelo carnavalesco Alex Carvalho e recebe o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro. A entrada é franca e aberta para todos os públicos.

Emanuele Sanuto, produtora da exposição e da OCEE
Alex Carvalho, cenógrafo da exposição e carnavalesco.

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