A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, destaca-se não apenas pelos seus cursos nas áreas de tecnologia, indústria e saúde, mas também pelo seu compromisso com as artes, abrangendo música, dança e teatro. Este mês, um dos ex-alunos de teatro da Faetec foi vencedor do Prêmio Shell de Teatro, que aconteceu no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.

É importante destacar que o Dia Mundial do Teatro é celebrado em 27 de março, uma data emblemática que ressalta a importância dessa forma de expressão artística na cultura mundial.

O professor, diretor, iluminador e cenógrafo em formação, Ricardo Rocha, residente na Tijuca, é uma figura complexa no campo das artes cênicas. Sua jornada teatral deu continuidade como aluno de Quintino em 2008 e, posteriormente, na Martins Pena, onde estudou de 2009 a 2011. Durante esse período, Ricardo estabeleceu laços com colegas que compartilhavam sua paixão pelo teatro, culminando na fundação da Multifoco Companhia de Teatro, uma iniciativa nascida dentro da Escola de Teatro Martins Penna, da qual ele se tornou diretor artístico.

Neste mês, Ricardo Rocha recebeu o prestigioso Prêmio Shell de Teatro, agora em sua 34ª edição, considerado o mais importante no cenário teatral brasileiro. O prêmio foi concedido em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em colaboração com a Multifoco, juntamente com os artistas desta companhia. Ricardo foi premiado na categoria “Melhor Cenografia” pelo espetáculo “EYJA: primeira parte, a ilha”.

Em sua reação ao prêmio, ele compartilhou: “É um prêmio que coroa não só o meu trabalho, mas o trabalho de toda uma companhia teatral. Esta companhia, que celebra 14 anos de existência na cidade do Rio de Janeiro, acumula vários trabalhos em seu repertório. Este reconhecimento não é apenas para mim individualmente, mas para todo o grupo, para esta coletividade. Espero que isso abra muitas portas para este coletivo, para as pessoas que trabalham comigo, e para a ética de trabalho coletivo que sustentamos na companhia de teatro”, concluiu Ricardo.

A Faetec possui duas unidades dedicadas ao teatro: a Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena, no Centro do Rio, oferecendo cursos Técnicos, e a Escola de Teatro, em Quintino, destinada à qualificação profissional. Ao todo, foram quase 230 vagas para o primeiro semestre deste ano. A previsão é de que novas vagas para cursos profissionalizantes na área de teatro sejam abertas no próximo semestre.

A presidente da Faetec, Caroline Alves, expressou sua satisfação em ver o empenho dos alunos e professores: “A Faetec tem desempenhado um papel crucial na promoção das artes, e estamos orgulhosos de nossas escolas dedicadas ao teatro”, afirma a presidente da instituição.

Conhecida por conquistar prêmios e pela sua formação, a Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena, fundada em 1908, é reconhecida como a primeira escola pública de teatro da América Latina, que desempenha desde então um papel significativo no desenvolvimento de jovens talentos. A escola recebeu esse nome em homenagem a Luís Carlos Martins Pena, um dos principais dramaturgos do país.

O diretor Rodrigo Marconi expressa um pouco da sua satisfação por estar presente na formação desses alunos.

“É uma honra e uma responsabilidade enorme ser diretor de uma escola centenária e muito importante para as artes cênicas no Brasil. Nesse sentido, a história do teatro no Brasil se mistura com a história da nossa escola”.

Para cursos de Qualificação Profissional, a Escola de Teatro, localizada no Complexo de Quintino, oferece cursos de formação de base, com destaque para Iniciação Teatral, que retornou à grade esse ano, e o de Prática De Montagem Teatral, que está compondo-a desde 2023.

“Depois de muitas experiências e vivências artísticas e educacionais, hoje, com quase vinte e cinco anos, a Escola continua dando bases profissionais a artistas que têm se destacado no Brasil e no Mundo. Com afeto e profissionalismo, a Escola tem deixado um legado de excelentes profissionais no mercado”, enfatiza o coordenador da Escola de Teatro, Marco Aurélio do Nascimento.